A operadora BR.Digital está implantando a tecnologia IP sobre DWDM para transmissão de até 400 Gbit/s, que abre novo espaço para streaming e 5G com latência próxima do zero.
“Com a nova tecnologia da BR.Digital, as operadoras competitivas conseguem levar ainda mais conectividade a lugares que hoje carecem de infraestrutura para oferecer streaming de qualidade, com baixa latência, por exemplo”, afirma Luiz Henrique Barbosa da Silva, presidente executivo da TelComp - Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas, entidade que reúne mais de 70 operadoras de telecomunicações, entre as quais a BR.Digital.
A BR.Digital prevê investir um total de R$ 35 milhões na inovação, capaz de aumentar o volume e a velocidade de transmissão de dados, com redução das etapas de processamento, menos equipamentos e mais entregas. Somente no primeiro semestre de 2023, já foram empregados R$ 15,6 milhões. Segundo o CEO José Paulo Linné, a rede da BR.Digital Telecom é pioneira no uso de roteadores Juniper Networks, com capacidade de 57 Tbit/s. O equipamento permite interfaces ópticas de 400 Gbit/s com o novo padrão ZR+.
O roteador é a peça-chave na convergência da rede DWDM da BR.Digital para o formato IP sobre DWDM. A tecnologia é considerada disruptiva por permitir muito mais dados em menos tempo com investimento menor. “É como se um novo equipamento fosse capaz de transformar uma pequena via, com capacidade para um carro por vez, em uma autopista com quatro faixas de rolamento para carretas. Substitua os veículos por dados e você compreendeu a tecnologia”, afirma Linné.
O mercado nacional de banda larga fixa tem uma oferta de operadoras robusta, mostram dados da Anatel, compilados pela TelComp. No Brasil, são 7987 operadoras. A maioria dos acessos, 52,3%, estão sob os cuidados das PPPs - prestadoras de pequeno porte.
“Nossas associadas conquistaram mercado com a oferta de tecnologia que os big players não oferecem e com atendimento a consumidores de conectividade de qualidade nas pequenas e médias cidades no interior do Brasil”, explica Barbosa.
A eficiência na conectividade é a chave da rede IP sobre DWDM. As taxas de transmissão são oferecidas a partir de 100 Gbit/s e alcançam 400 Gbit/s. Os roteadores Juniper têm exportação restrita e são os únicos com interface que usam conectores GBics (Gigabit Interface Converter). O GBic é um equipamento pouco maior do que um pregador de roupa, com nanotecnologia embarcada, capaz de eliminar a necessidade das placas de enlace. Esse by pass reduz em 80% o custo de instalação das conexões. A evolução da nanotecnologia reduziu o DSP - Digital Signal Processor a 7 nm, depois a 5 nm e chegou a 3 nm. Essa fração de milímetro tornou o equipamento plugável e eliminou a necessidade da placa transponder para transmissão óptica. Toda essa tecnologia segue os padrões ZR+. Em termos práticos, os equipamentos permitem a multiplicação das portas com velocidade de até 400 Gbit/s.
Os clientes que justificaram o investimento da BR.Digital são grandes empresas em que a troca de grandes volumes de dados é estratégica. Taxas de até 400 Gbit/s e a latência se aproximando da instantaneidade são fatores imperativos. Parte desse nicho já contratou a BR. Digital. São empresas que oferecem serviços de streaming, instituições financeiras e empresas de comunicação em busca da latência zero.
Um outro grupo de empresas só começa a poder atender seu mercado com as redes de IP sobre DWDM em funcionamento. São as empresas de mobilidade com carros autônomos, e-commerce no metaverso e outros serviços com uso de realidade aumentada.
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