Um estudo global da BDO, empresa de auditoria e consultoria, mostra que o setor de telecomunicações tem novos fatores de risco. Em comparação com o estudo anterior, realizado em 2022, as empresas identificaram sete novos pontos de atenção. Por outro lado, o segmento deve apresentar um crescimento superior ao do ano passado, chegando a US$ 1,5 trilhão, 2,8% a mais do que no ano passado.  

Foram consultadas 63 empresas em todo o mundo, sendo 29 da Europa, Oriente Médio e África, 22 das Américas (sendo quatro do Brasil) e 12 da Ásia/Pacífico. O estudo levou em conta os relatórios anuais das companhias como base para a coleta de dados e análise para garantir a confiabilidade dos dados. Na edição de 2022, 46 fatores de risco foram coletados e analisados. Neste ano, foram identificados sete fatores de risco adicionais, totalizando 53. 

Há fatores de risco relevantes para toda a economia, ou para uma parcela significativa dela, afetando os negócios em todas as indústrias. Também chamados de riscos de mercado ou riscos gerais. Porém, foram apontados também riscos relacionados apenas ou primariamente à indústria das telecomunicações. 

O maior risco, específico do setor, apontado pelas empresas são as mudanças em leis e regulamentos fiscais, citado por 77,8% dos respondentes, seguido por legislação governamental extensa e crescente (76,2%), cibersegurança (71,4%) e mudanças climáticas.

Já no que se refere aos riscos macroeconômicos, os dois mais citados foram o câmbio e a instabilidade política, ambos com 57,1%, seguido pelas taxas de juros, com 52,4%.  

Os sete novos fatores identificados são: questões de conformidade com confidencialidade e privacidade de dados; paralisações não planejadas causando interrupções do negócio; ameaças à segurança física e infraestrutura; interrupções por condições instáveis da cadeia de suprimentos; complicações decorrentes de fusões, aquisições e integrações; mudanças nas expectativas do cliente devido à transformação digital; e preocupações com sucessão de liderança e normas éticas.

“Mudanças na regulação, maior concorrência, instabilidade política e volatilidade cambial são alguns dos fatores que se apresentam como maiores riscos para as telecoms nas Américas”, destaca Dario Lima, sócio da BDO especialista no setor. “Importante destacar as particularidades da região, uma vez que três dos cinco fatores de maior risco identificados para as Américas não aparecem no top 5 global: judicialização, concorrência e instabilidade política”, complementou.

O relatório traz também o que as companhias têm feito para mitigar os riscos. Os mais combatidos com ações preventivas pelas empresas são os regulatórios, segurança cibernética e risco de mudanças climáticas.



Mais Notícias RTI



Vertiv divulga tendências em data centers para 2025

Especialistas antecipam aumento na inovação e integração da indústria para dar suporte à computação de alta densidade.

10/12/2024


Sonda Brasil investe US$ 2 milhões em novo Centro de Operações Integradas

Inovação faz parte da evolução de sua área de Digital Communications, criada a partir da Infovia Digital no Mato Grosso do Sul.

09/12/2024


14ª Semana de Infraestrutura da Internet no Brasil debate transformações em tempos de IA e conectividade

Realizado por NIC.br e CGI.br, evento acontece nesta semana em São Paulo.

10/12/2024