O Grupo Centroflora, fabricante de extratos botânicos, óleos e ativos isolados para a indústria farmacêutica, passou a utilizar a plataforma de monitoramento Paessler PRTG em seu ambiente OT.
O alto grau de automação da planta Centroflora em Botucatu, SP, era baseado em redes de CLPs distribuídas em três diferentes segmentos produtivos: evaporação, secagem e extração de insumos. A empresa buscava uma forma de conquistar uma visão holística desses três espaços de modo a suportar a evolução constante das melhores práticas de manutenção e de gestão de facilities. “Esses três ambientes estão agora integrados na interface do PRTG”, diz Julio Moura, supervisor de manutenção e facilities da Centroflora. “Os sensores do PRTG nos ajudam a antecipar falhas. Um alerta dispara ações como a checagem do que está se passando no chão de fábrica e a ativação de um equipamento”, explica.
Hoje, sensores PRTG monitoram 24 horas por dia os dados do chão de fábrica. Com isso, a identificação de um problema num CLP, que antes levaria entre 6 e 7 horas, agora pode ser realizada em minutos. “Passamos a ter uma visão clara do que está ocorrendo. Isso nos ajuda a planejar ajustes e ações que contribuem com a continuidade dos processos da fábrica. O consumo de energia foi reduzido entre 3% e 4%, o que representa uma conquista estratégica para o time de facilities”, afirma Moura.
Com relação à gestão da energia, a Centroflora também aplica o PRTG para monitorar as flutuações de fornecimento de eletricidade e o quanto os geradores estão atuando para resolver essa falha. Hoje, o PRTG roda num servidor virtual dedicado implementado no data center da Centroflora Inova em Campinas, SP. A plataforma monitora esse ambiente e todo o chão de fábrica da planta industrial. Um dos pontos críticos era utilizar uma solução de monitoramento OT compatível com os CLPs da empresa, dispositivos Siemens rodando o sistema operacional Tia Portal.
O PRTG é integrado de forma nativa ao Tia Portal, o que facilitou o processo de implementação da solução. O PRTG é o dashboard de uma rede que começa nos inúmeros CLPs operando no chão de fábrica da Centroflora, avança para os microssupervisores, PCs tradicionais que têm a função de consolidar os dados gerados pelos CLPs, para poder avançar para o servidor virtual rodando no data center da Centroflora Inova.
Para estender o valor do PRTG ao monitoramento da energia, a empresa utiliza um appliance desenvolvido pela RBS Service. “Ele monitora a qualidade da energia na Centroflora. Trata-se de um conversor que transforma a corrente elétrica em sinal digital. O appliance envia para o PRTG dados atualizados sobre a real disponibilidade de energia nos ambientes produtivos”, detalha o supervisor. Como a medição da corrente elétrica é algo físico, um software por si só não pode verificar se há energia ou não. É preciso conectar-se a algum dispositivo para transformar a corrente elétrica em sinal digital.
O time de gestão de facilities e manutenção tem explorado sensores que já estavam disponíveis nos ambientes industriais, e o fato do PRTG suportar o protocolo OPC UA contribuiu para isso. Para 2024, a meta é extrair ainda mais valor de sensores críticos para a operação da empresa. Trata-se de uma jornada em que o sensor rodando no CLP Siemens passará a gerar informações que serão traduzidas na interface do PRTG, em dashboards que fazem sentido para os gestores de negócios. “Isso colaborará para que os líderes da Centroflora tomem decisões baseadas em dados. É uma visão que se inicia na estratégia de negócios e, quando necessário, chega ao detalhe da operação industrial”, resume Moura.
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