A Huawei realizou a entrega do Prêmio Melhores Iniciativas de Desenvolvimento do IPv6 Enhanced no Brasil em reconhecimento à Petrobras e à Vivo pelo pioneirismo na implementação da tecnologia IPv6, com destaque para o protocolo Segment Routing v6 (SRv6). A premiação aconteceu durante o Futurecom 2024 e contou com a presença de executivos das empresas premiadas, da Anatel e da Huawei.
“A criação do IPv6 (Internet Protocol Version 6) foi a resposta das instituições de padronização multilaterais para atender às novas demandas por conectividade, o aumento exponencial no número de dispositivos conectados e o surgimento de tecnologias como a IoT - Internet das Coisas, a inteligência artificial e o cloud computing”, explicou Carlos Roseiro, diretor de ICT Marketing da Huawei.
Para ele, a adoção do IPv6 é essencial no atual momento da transformação digital da indústria. “Com o 5G e, em breve o 5.5G, veremos um aumento exponencial da automação nas indústrias, negócios e residências. Para garantir a segurança e a eficiência do sistema, é importante a ampla adoção do IPv6 por todos os setores”, afirmou.
Atualmente, o Brasil ocupa o 3o lugar em adoção do IPv6 na América Latina, atrás do Uruguai e do México, e o 13o no mundo. A taxa de adesão brasileira atual está perto de 50%. Para o Artur Coimbra, conselheiro da Anatel, o IPv6, especialmente o SRv6, é uma infraestrutura essencial. “Faz parte da estratégia da Anatel que a utilização do padrão seja ampliada em todo o país”, disse. “Apesar dos esforços do ecossistema de telecomunicações como um todo, ainda percebemos uma demora na adoção do novo padrão. Isso pode gerar atrasos na implantação de serviços que têm como base as tecnologias 5G”, explicou.
Para a representante da Petrobras, Suellen Toledo da Matta, o setor de óleo e gás, de forma geral, entende que a adoção do IPV6 garante maior segurança, baixa latência e operação simplificada. “O IPv6 e o IPv6 Enhanced oferecem suporte a acesso massivo, interligação entre domínios e alcance de ponta a ponta, auxiliando na implementação de operações focadas em IoT e automação. A combinação de IPv6 e SRv6 estabelece novas bases de rede, serviços inteligentes, automação e segurança, contribuindo para a jornada de transformação digital do setor”, explicou. O projeto da estatal está em andamento com previsão de conclusão em 2025.
Na Vivo, a implantação do IPv6 em todo seu backbone foi iniciada há alguns anos, um passo fundamental para garantir a implementação do novo protocolo Segment Routing v6. “A Vivo já possui implantado o IPv6 em Dual-Stack em todo o backbone. Isso facilitou a ativação do protocolo SRv6 na rede IP. A grande vantagem do Segment Routing é reduzir a complexidade de protocolos tradicionais (LDP, RSVP-TE, etc.) além de habilitar a rede para ser programável e com isso permitir o lançamento de novos serviços”, disse Nelson José dos Santos Junior, especialista de Redes da Vivo.
“A ativação do SRv6 pode ser realizada de forma suave, pois não requer que todos os roteadores suportem o SRv6, sendo necessário que apenas as bordas suportem. Além disso, é possível que os protocolos legados como MPLS e SRv6 coexistam durante esta transformação de tecnologia”, disse Igor da Silva Ramos, Head de Soluções IP da Huawei.
“Um dos pontos chaves na introdução do SRv6 foi a realização de testes em ambientes de laboratório que garantiram a interoperabilidade entre distintos fornecedores”, comentou o diretor técnico da Huawei, Rodrigo Honorato.
Nos próximos anos, haverá um aumento exponencial de dispositivos conectados à Internet. Cada um precisa de um endereço IP individual e exclusivo que tem como função identificar os emissores e os receptores das mensagens e garantir que a troca de informações, no meio interminável que é a internet, flua de maneira automática e constante. O IPv6 foi criado para atender a essas demandas e suprir a necessidade de novos endereços com o esgotamento do IPv4.
O IPv4 gera endereços de 32 bits, com capacidade total de 4,3 bilhões. Já o IPv6 gera endereços de 128 bits e pode alcançar um número que beira os 340 undecilhões (cada undecilhão equivale a 1000 decilhões). Isso significa que o IPv6 oferece 1028 vezes mais endereços do que o IPv4. O novo padrão também apresenta correções nas limitações anteriores. Sua configuração é mais simplificada, tem mais segurança e qualidade e oferece apoio à inovação.
“Com o advento das novas tecnologias digitais, associadas ao crescimento exponencial da capacidade de computação em nuvem, o IPv6 se torna fundamental não somente para vencer a barreira da falta de endereços, mas também para o desenvolvimento de novas funcionalidades para o protocolo IP”, disse Guilherme Ferrari, CTO de IP do Huawei Enterprise Business Group.
“A transformação digital que vem se acelerando nos diferentes setores industriais têm impulsionado o desenvolvimento de serviços como nuvem, IA e IoT. Para atender às novas necessidades de mercado as operadoras vêm apostando também na sua evolução tecnológica como forma de resolver os principais desafios de conectividade, segurança, baixa latência e progamabilidade”, explicou.
O IPv6 permite extensões e melhorias de forma nativa e criação de novas atualizações para atender às necessidades futuras. Para o caso do 5G e do IoT, ele acomoda centenas de milhões de dispositivos, atende às demandas da NFV - Network Function Virtualization e do fatiamento de rede. No caso da IA, garante segurança, resiliência e baixa latência em um ecossistema cada vez mais colaborativo e integrado”, completou Ferrari.
Foto: Executivos da Huawei, da Vivo, da Petrobras e da Anatel no Prêmio Melhores Iniciativas de Desenvolvimento do IPv6 Enhanced no Brasil durante o Futurecom. Divulgação/Huawei.
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