A modernização do chão de fábrica não é só mais uma questão de sobrevivência em meio a um cenário cada vez mais competitivo, é também uma iniciativa que permite o enfrentamento de crises como a que está sendo causada pela pandemia da Covid-19. Essa realidade tem como uma de suas premissas o uso de robôs em operações que requeiram alto índice de repetitividade e/ou que exponham operadores a riscos como, por exemplo, a retirada de peças ou insertos de moldes acoplados a máquinas injetoras após o término de sua confecção. Esse contexto também está potencializando a implementação e gerenciamento de sistemas que permitam a conexão de parques fabris com redes digitais e de plataformas voltadas à prestação de serviços e fornecimento de cursos à distância.
A efetivação de frentes de trabalho capazes de promover a colaboração entre humanos e autômatos em linhas de produção requer a criação de programas que aliem o desenvolvimento de equipamentos e aplicação de treinamento técnico, além de outros fatores. Na opinião de Denis Pineda, gerente de vendas da Universal Robots na América do Sul, é imprescindível a inclusão de ações que levem à qualificação de colaboradores e reconfiguração de suas tarefas no planejamento de empresas que visem manter o andamento de seus negócios no cenário econômico previsto para os próximos meses. Ele mencionou que as áreas de design e fabricação de robôs estão entre as que têm grande potencial para a abertura de vagas de emprego.
Elas também poderão trazer a reboque a necessidade de formar operadores que saibam aplicar conhecimentos multidisciplinares na prática e provavelmente serão acompanhadas pelos ramos de comunicação digital voltada para plantas industriais e de análise de dados (Big Data). Denis também falou sobre tendências relacionadas à atual situação no País. “A automação robótica deve ser uma realidade cada vez mais frequente no Brasil, principalmente depois da crise do coronavírus, em que as indústrias terão que buscar opções para voltar a produzir e faturar. Mas isso não significa necessariamente desemprego, como muitas pessoas pensam. Um relatório da International Federation of Robotics (IFR) avaliou a presença desses equipamentos nos ambientes de trabalho do futuro. A maioria das pesquisas indicou que a substituição de vagas por automação não chegará a 10% dos casos”, afirmou.
Robô mini
A Yaskawa Motoman desenvolveu um robô compacto que é indicado para o processamento de cargas com peso de até 500 g, chamado de “MotoMini”. Ele apresenta alcance horizontal de 350 mm e vertical de 495 mm, e pode ser direcionado para o processamento de embalagens plásticas, montagem de componentes, inspeção de superfícies e alimentação de equipamentos industriais. Segundo Icaru Sakuyoshi, diretor-presidente da companhia no Brasil, o autômato pode ser programado e controlado segundo a norma IEC61131-3 e por meio de padrões abertos de programação, bem como ser instalado em áreas planas ou no teto.
Fotos: Universal Robots e Yaskawa Motoman
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