Natal Pasqualetti Neto*
Para o trabalho com fita de metal em prensas pequenas temos uma variedade de opções para alimentar a fita através da ferramenta.
Sistema manual
Faca de avanço: na alimentação manual é muito utilizado o sistema de faca de avanço.
Neste caso, o operador da prensa irá empurrar a fita de metal que irá parar no primeiro estágio da ferramenta. Ao ser acionado o comando da prensa, serão executados o primeiro estágio e o corte lateral da fita pela faca de avanço, para permitir o avanço da fita até o próximo estágio.
Para este sistema a produção depende do operador e a precisão e qualidade da peça são influenciadas pela regularidade da força e posicionamento da fita, que é feito pelo operador.
De forma geral, nesses casos é utilizada uma ferramenta fechada, à qual é permitida a alimentação manual.
NOTA: Não confundir “ferramenta fechada” com enclausuramento da ferramenta. Ferramenta fechada é um tipo de ferramenta que consiste em um bloco de aço que possui uma abertura para a passagem da fita de metal a ser processada. Os punções ficam dentro do bloco de aço de forma que o operador não tem acesso a eles.
Sistemas automáticos
Alimentador mecânico
O alimentador automático mais antigo é o alimentador mecânico.
O acionamento do alimentador é feito através do eixo de acionamento da máquina e, portanto, o avanço estará sincronizado mecanicamente com o movimento do martelo.
Na troca de ferramenta o ajuste do sistema é um pouco demorado. O preparador ajusta o sistema e faz testes até atingir a precisão do avanço desejada. Hoje em dia este sistema está em desuso.
Alimentador pneumático
O alimentador pneumático tem um custo acessível e é uma boa opção para automatizar a alimentação da prensa.
Sequência de funcionamento:
Dentro do cabeçote móvel há um fixador pneumático que prende a fita, e que então movimenta-a até o cabeçote fixo;
No cabeçote fixo um outro fixador pneumático prende a fita, e então o fixador do cabeçote móvel solta a fita para que o cabeçote móvel retorne à posição inicial;
Após o retorno do cabeçote móvel e a estampagem da peça, o fixador pneumático do cabeçote fixo solta a peça e o processo se inicia novamente.
A regulagem do avanço é simples e rápida. Pelo parafuso de regulagem é feito o ajuste do movimento do cabeçote móvel.
O sincronismo com a prensa pode ser feito pelo cilindro de comando da prensa, ou por meio de chaves fim de curso, acionadas pelo movimento do martelo.
A desvantagem do sistema pneumático é a limitação do curso do cabeçote móvel. Ao comprar um alimentador pneumático verifique qual é o maior avanço das ferramentas a serem utilizadas.
Alimentador eletrônico
O alimentador eletrônico é o mais atual dos alimentadores, porém o mais caro. O seu funcionamento ocorre por meio de um motor que aciona um cilindro tracionador da fita.
O avanço da fita é programável. Normalmente, o preparador irá digitar o valor desejado. Ao contrário do alimentador pneumático, no alimentador eletrônico o valor do avanço não tem limite.
O sincronismo com a prensa pode ser feito pelo cilindro de comando da prensa ou até por meio de chaves fim de curso, acionadas pelo movimento do martelo.
Natal Pasqualetti Neto é engenheiro mecânico pós-graduado em Automação Industrial pelo Centro Universitário FEI (São Bernardo do Campo, SP). Sócio Proprietário da NATAL Treinamento e Consultoria – www.natal.eng.br.
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