A Unipar recebeu aprovação para financiamento do seu projeto de modernização tecnológica e unificação de métodos produtivos da Fábrica de Cubatão, em São Paulo, nas linhas de crédito do BNDES destinadas a impulsionar a eficiência energética e a transição para tecnologias de baixo carbono, no âmbito da Indústria Verde. As duas linhas juntas do banco brasileiro de fomento somam R$ 672,9 milhões e se adequam ao Arcabouço Brasileiro para Títulos Soberanos Sustentáveis com Fundo Clima e FINEM (Meio Ambiente) em consonância à ISO 14064-2.

A Unipar substituirá as tecnologias de mercúrio e diafragma por uso exclusivo de membrana na produção de cloro e soda. Quando finalizadas as obras e trocas de equipamentos, com previsão para o final de 2025, a operação de Cubatão reduzirá a emissão em mais de 70 mil toneladas de CO2 por ano (base 2020). Além disso, a companhia terá a produção de ácido clorídrico utilizando hidrogênio verde, em função do uso de energia renovável, sendo 80% oriunda de autoprodução de energia, por meio de seus parques eólicos e solar.

“Com o enquadramento e aprovação deste financiamento, concluímos o plano de financiamento para o nosso projeto de modernização tecnológica de Cubatão, com acesso a linhas competitivas que melhoram o perfil de dívida da companhia, unindo impactos positivos ambientais, alongamento de prazo e redução de custo. Assim alcançamos melhores condições para nossos planos de crescimento sustentável”, destaca Alexandre Jerussalmy, CFO da Unipar.

O Programa Fundo Clima, apoio a projetos relacionados à redução de emissões de gases do efeito estufa e à adaptação às mudanças do clima, permitirá à companhia acesso a financiamento de até R$ 400 milhões, com prazo de até 16 anos e taxa de juros de 7,53% a.a (pré-fixado). Tais condições de financiamento fazem parte da modalidade Indústria Verde do Fundo Clima.

Já o financiamento via FINEM – Meio Ambiente (Eficiência Energética), destinado a investimentos em sustentabilidade, permitirá o acesso à linha de crédito de até R$ 272,9 milhões com prazo de 20 anos e taxa de juros de TLP+1,1% a.a.

O projeto atende à Convenção de Minamata, acordo internacional do qual o Brasil é signatário, que limita o uso de mercúrio por problemas que o metal causa ao meio ambiente e à saúde. E o projeto vai além, ele inclui a descontinuidade do diafragma que é uma tecnologia com baixa eficiência energética. Com isso a Unipar obtém assim um projeto mais sustentável.

Com a modernização tecnológica e unificação de métodos produtivos concluídos, a fábrica de Cubatão irá reduzir mais de 70 mil toneladas sua emissão de CO2/GEE - Gases de Efeito Estufa por ano (ano base 2020), representando uma redução de 18% do consumo em energia (vapor e elétrica). Tal redução de demanda energética na unidade de Cubatão equivale ao consumo de energia residencial de aproximadamente 340 mil pessoas. O projeto prevê a instalação de aproximadamente 32 quilômetros de estacas e empregará aproximadamente duas mil toneladas de estruturas metálicas e 4500 m3 de concreto estrutural.

Ainda durante a implementação do empreendimento, será possível acompanhar outros benefícios sustentáveis. Entre as iniciativas destacam-se a reutilização de água no processo de “Estacas Raiz”, o que permitirá uma significativa redução no consumo de água durante esta etapa da obra. Também será adotada a utilização de formas metálicas para a concretagem de blocos e fundações, o que diminuirá consideravelmente o uso de madeira e a geração de resíduos durante a obra. Outra importante medida é que durante a implementação do projeto, serão gerados 1232 empregos diretos e indiretos, o que contribuirá para a geração de empregos locais na fase de construção e montagem do empreendimento.

A partir da conclusão do projeto, a unidade de Cubatão reduzirá em aproximadamente 150 toneladas/ano a emissão resíduos industriais, terá melhoria na higiene ocupacional dos colaboradores, na confiabilidade operacional da fábrica e otimização dos processos, logística e peças de reposição.



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