O Tecpar - Instituto de Tecnologia do Paraná, empresa pública do Governo do Estado, oferece soluções tecnológicas para atender fabricantes de materiais para obras em redes de água e esgoto de todo o país. Com a aprovação do Marco Legal do Saneamento Básico (14.026/20), que prevê a universalização do fornecimento de água e coleta de esgoto até 2033, a demanda por serviços nesse segmento tende a crescer.

Há mais de 40 anos o Tecpar realiza a inspeção técnica em produtos como tubulações em PVC, fibra de vidro e ferro fundido. O serviço prestado busca garantir que os materiais empregados sejam inspecionados e aprovados conforme as especificações das normas técnicas vigentes.

O diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, salienta que por sua longa experiência em inspeções técnicas, o instituto tem muito a contribuir nesta fase de modernização dos sistemas de saneamento. “Com a expansão das redes de tratamento de água e de esgoto, diversas cadeias produtivas vão se formar e se desenvolver em todo o Brasil. O Tecpar, como polo de inovação, está preparado para atender a mais esta demanda da indústria”, afirma Callado. 

O Tecpar já realizou inspeções de produtos para companhias de saneamento e serviços autônomos de água e esgoto de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco e Ceará. No Paraná, um dos clientes é a Plastilit, indústria de conexões, tubos e acessórios de PVC instalada na Fazenda Rio Grande (foto), na Região Metropolitana de Curitiba. “A aprovação técnica do instituto valoriza os produtos e assim a empresa consegue atender clientes com nível de exigência técnica mais alto”, explica o diretor industrial da Plastilit, Jacir Muchinski.

Devido à questão logística, a inspeção é realizada diretamente nas instalações do fabricante, onde os inspetores do Tecpar acompanham os ensaios feitos por amostragem. Os materiais são expostos para serem avaliados em simulações de situações diversas, como calor, pressão e resistência ao impacto. O objetivo é identificar se em determinadas condições as tubulações podem ser danificadas ou até rompidas.

O ensaio de estabilidade dimensional, por exemplo, analisa se, após exposto a determinada temperatura por um período específico, o produto apresenta algum defeito. Já o ensaio de resistência à pressão hidrostática simula a pressão que vem da rede de abastecimento de água. As inspeções verificam, ainda, se os materiais estão com as dimensões corretas e analisam a matéria-prima empregada na produção.

“Se as peças não forem instaladas corretamente ou forem produzidas com materiais inadequados, elas podem romper, causar vazamentos indesejados e até erosões. Além disso, em regiões muito frias a tubulação pode congelar e se romper ao descongelar”, explica Fábio Schvenger, Engenheiro Ambiental e Sanitarista e Técnico em Desenvolvimento Tecnológico no Tecpar. 

“Além de comprovar a qualidade dos materiais, a inspeção prévia evita o desperdício de recursos com manutenções corretivas não programadas. Essa medida evita que o sistema edificado seja comprometido”, diz Schvenger. Com a conclusão dos ensaios, os materiais aprovados retornam para seus estoques e aqueles que não atendem aos requisitos precisam ser reprocessados.



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