A Embaré vem desenvolvendo ao longo dos anos diversos projetos socioambientais para minimizar os impactos da indústria de fabricação de produtos lácteos ao meio ambiente. Por meio de uma parceria estabelecida para o reaproveitamento tecnológico de alguns de seus resíduos, a empresa destina 50 mil quilos ao ano para coprocessamento, reduzindo a previsão de destinação final para aterros industriais de 8,8% para 3,5%.

Além disso, a ETEI - Estação de Tratamento de Efluentes Industriais assegura uma redução de mais de 96% na carga orgânica do efluente e reaproveitamento em 100% do biogás gerado. “Já realizamos redução no consumo de biomassa e destinação de cerca de 384 toneladas/ano de biofertilizante para enriquecimento do solo e cultivo de diferentes culturas como milho e soja, por exemplo. Além disso, não podemos esquecer das ações para redução do consumo de água, energia, vapor e químicos na fábrica, que contribuem, principalmente, para o consumo consciente de recursos não renováveis e da reciclagem e logística reversa para destinação adequada dos resíduos”, declara Luiz Augusto Rezende Lima, gerente de garantia da qualidade.

A construção da ETEI, cujo objetivo é melhorar a qualidade da água lançada no corpo receptor e produzir biofertilizante a partir dos resíduos sólidos, se deu em 1997, e já passou por duas expansões, uma de capacidade em 2008 e outra de qualidade do processamento em 2016, que garantiram melhores resultados. Os efluentes são submetidos a tratamento físico, químico e biológico em lagoas anaeróbias e de estabilização. Já tratada e analisada em laboratório exclusivo, a água é devolvida para o meio ambiente.

A ETEI também desenvolve práticas de manutenção do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), importante modelo reconhecido mundialmente que tem como objetivo a geração de energia limpa e redução das emissões de carbono. Parte do biogás, composto principalmente de metano, gerado na ETEI, é conduzida a um gerador e, a partir de sua combustão, é transformada em energia elétrica, utilizada para a manutenção de toda a ETEI. Por este método são gerados 500 MWh ao ano. A outra parte do biogás retorna para a fábrica e é utilizada como combustível para a geração de vapor na caldeira que, no período de um ano, gera uma redução de 1,76 milhão de quilos no consumo de cavaco, a biomassa geralmente queimada na caldeira, responsáveis pela emissão de 775 toneladas de CO2 no período. Com isso, a empresa reduz o corte de aproximadamente 80 mil pés de eucaliptos por ano e deixa de emitir 800 mil m³ de metano na atmosfera.

Visando diminuir o consumo de água, a Embaré desenvolve várias ações para o uso consciente do recurso. Uma delas é o sistema para recuperação da água evaporada no processo de concentração e secagem de leite, no qual as linhas são equipadas com condutivímetros e válvulas automáticas que direcionam para processos que necessitam de água de baixa dureza. Também são utilizados medidores de nível nas baias de recepção de leite, proporcionando a reutilização da água condensada para geração de vapor na caldeira. Outro sistema é voltado para o monitoramento em tempo real do consumo de água na indústria, proporcionando ações imediatas em caso de desvios.

Com essas ações, o índice médio de consumo da empresa é de 1,33 litros de água por litro de leite industrializado, enquanto a média nacional para laticínios é de 3,5 litros. A redução no consumo de água é de cerca 1,3 milhões de m³ ao ano.

Fundada em 1935, a Embaré possui fábricas em Lagoa da Prata, Santo Antônio do Monte e Patrocínio, MG, que somam aproximadamente 55 mil m² de área construída e contam com 11 laboratórios próprios. A empresa tem capacidade de processamento diário de 2,8 milhões de litros de leite.



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