Um levantamento da Sabesp aponta que são retiradas, em média, 575,5 toneladas de lixo e areia por mês dos sistemas de esgoto nas 62 cidades atendidas pela empresa na região de Presidente Prudente. O estudo considera os sete primeiros meses (janeiro a julho) de 2021 e aponta que cada imóvel conectado à rede de esgoto na região descarta, por mês, 1,4 kg de resíduos que não deveriam ser lançados no sistema de esgoto.
O material descartado, além de causar obstrução e rompimento das redes coletoras, provoca transtornos aos próprios clientes, como o retorno do esgoto para dentro dos imóveis. Em média, a Sabesp realiza 600 desobstruções de rede e ramais por mês nas cidades pesquisadas. Outro grande prejuízo ambiental causado pela prática é que, após o contato com o esgoto, materiais como papéis, plásticos e vidros já não podem mais ser reciclados.
Entre os detritos encontrados nas redes coletoras e nas estações elevatórias e de tratamento de esgoto estão peças de roupas, fraldas descartáveis, escovas, pastas de dentes e embalagens plásticas em geral. Todos estes materiais deveriam ser destinados às lixeiras e não a pias, ralos e vasos sanitário. Já o óleo de cozinha deve ser armazenado em garrafas plásticas e entregue em pontos de coleta para reciclagem.
A areia é outro material encontrado em grande quantidade entre os resíduos, muitas vezes é carreada pela água da chuva para os sistemas da companhia. Isso se dá em decorrência das ligações irregulares de águas pluviais na rede coletora de esgoto. Por isso, é importante que as residências tenham saídas separadas: uma para a água da chuva, que segue para as galerias de águas pluviais, e outra para o esgoto, que necessita de tratamento antes de retornar ao meio ambiente.
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