Um novo processo de proteção catódica conhecido como “passivação” (técnica usada para controlar a corrosão de uma superfície metálica) evita a deterioração de máquinas e de bens de produção. A empresa brasileira Passivar desenvolveu, a partir de tecnologia própria, o produto Anodo Passivar, que neutraliza eletronicamente a ação corrosiva em indústrias químicas, de alimentos e bebidas, de papel e celulose, de mineração e farmacêuticas.

A tecnologia possibilita que um único equipamento proteja uma área de 40 m² de aço, com o bloqueio da depreciação de máquinas e equipamentos do segmento como sistemas de filtros, torres, motores, centrífugas e frigoríficos, por exemplo, o que garante maior qualidade operacional e proteção física às estruturas dos sistemas.

Estudo da USP - Universidade de São Paulo, em parceria com a International Zinc Association, estima que cerca de 40% de todo o aço produzido no mundo seja destinado à substituição de peças deterioradas pela corrosão. A mesma pesquisa aponta que 30% das falhas e imperfeições em plantas industriais são também causadas por esse processo, fato que gera prejuízos superiores a US$ 250 bilhões anuais.

Do tamanho de uma caixa de telefone celular, o Anodo Passivar emite micropulsos elétricos de 0,05 A para gerar uma película protetora de elétrons que blinda o aço da ação destrutiva da corrosão. “Uma vez instalado, o equipamento cria uma película – um filme apassivador - invisível de elétrons que blindam a estrutura”, explica Antônio Ferreira, CEO da Passivar. Tudo isso a um gasto 65% inferior ao custo dos métodos tradicionais. O equipamento não causa danos ao meio ambiente, ao contrário dos processos convencionais, que requerem o descarte de embalagens ou latas de diversos produtos – como tinta e poluentes que podem provocar vazamentos. Segundo o CEO, para combater a corrosão, o mercado oferecia apenas a utilização de graxas ou tintas anticorrosivas em poliuretano acrílico, epóxis líquidos, vinílicas e uretânicas, tendo como base resinas de proteção solventes, aditivos e pigmentos – sem oferecer, no entanto, desempenho mais sustentável ou custos razoáveis.

A operação do Anodo Passivar não traz riscos aos trabalhadores envolvidos na manutenção de maquinário, equipamentos e instalações. Uma planta que opera a plena capacidade, sem interrupções ou manutenções, economiza entre 10% e 35% de energia elétrica, reduz o consumo de água em até 40% e de combustíveis, como o hidrogênio, entre 20% e 30%.



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