Com o objetivo aumentar a oferta de energia limpa e reduzir a emissão de gases de efeito estufa, a Veolia aposta na valorização de biogás, produzido a partir da decomposição dos resíduos orgânicos, depositados e tratados em seus CGRs - Centros de Gerenciamento de Resíduos, os aterros sanitários.
Em Biguaçu, na região da Grande Florianópolis, SC, a companhia implantou, há um ano, uma usina termelétrica que gera energia elétrica a partir da decomposição dos resíduos que chegam até o CGR. Com capacidade de produção de 4,65 MWh, a unidade exporta todo esse volume na rede de distribuição local, uma vez que a Veolia atua no mercado livre de energia.
A operação faz parte do projeto Energia Circular do Grupo Veolia e conta com outras duas termelétricas, localizadas no estado de São Paulo: CGR Iperó e CGR São Paulo. Juntas, as três plantas têm 12.400 kW de capacidade instalada de energia renovável, o suficiente para abastecer uma cidade de aproximadamente 42 mil habitantes. Considerado menos poluente e mais barato que os combustíveis fósseis para a produção de energia, o biogás é gerado a partir da decomposição de resíduos orgânicos de origem animal, vegetal ou industrial. Também oferece segurança energética, por se tratar de uma fonte estável e previsível de fornecimento de energia.
“Apostamos na valorização do biogás para aumentar a nossa oferta de energia limpa e reduzir as emissões de gases de efeito estufa, em linha com o nosso propósito da transformação ecológica. O Brasil desempenha um papel fundamental nesse processo, já que ele representa 70% das nossas metas na América Latina para a redução de CO2 na atmosfera”, ressalta Francisco Dal Rio, diretor de operações da Veolia Brasil.
Em junho de 2022, a Veolia iniciou captação e a queima do biogás no CGR Brusque, também em Santa Catarina. A planta de flare valoriza 2 mil Nm3/h de biogás produzido a partir de resíduos que são levados para o aterro operado pela companhia. Para essa quantidade de queima, está prevista a redução de até 158 mil toneladas de gás carbônico (CO2) por ano.
Atualmente, o CGR Brusque atende cerca de 1 milhão de pessoas e recebe resíduos provenientes de 15 municípios, o que representa cerca de 21 mil toneladas mensais. Estudos estão sendo realizados para definir se o biogás será destinado para a produção de biometano ou para a geração de energia elétrica. Além disso, o CGR Brusque vai gerar créditos de carbono por meio da destruição do metano existente no biogás.
O projeto faz parte de um projeto da Veolia no Brasil, que é transformar seus Centros de Gerenciamento de Resíduos em Parques Tecnológicos Ambientais. Com a planta de biogás em Brusque, a empresa totaliza quatro projetos em operação no país, localizados em Santa Catarina e São Paulo. Juntos, somam R$ 80 milhões de investimento e evitam a emissão de 1.464.821 toneladas de CO2e por ano.
A Veolia ainda estuda outras possibilidades para a valorização do biogás no futuro, como a produção de biometano para uso na rede de gás, combustível veicular, geração de calor e eletricidade renováveis e exportação de eletricidade diretamente para a rede local. Os projetos são monitorados sob padrões do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo da UNFCCC - United Nations Framework Convention on Climate Change.
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