Pesquisadores do IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas desenvolveram uma calculadora online que permite estimar o consumo da água para uma pessoa ou para todas os indivíduos que moram juntos em uma residência, seja ela uma casa ou um apartamento.
Após estimar o consumo, é possível verificar o quanto de água poderia ser poupada se fossem utilizados equipamentos economizadores. O usuário ainda poderá ter uma ideia de quanto da água consumida em uma casa poderia ser, teoricamente, substituída por de água da chuva.
A calculadora pode ser utilizada em computadores e celulares por pessoas sem conhecimentos técnicos específicos. O usuário poderá fazer a simulação de consumo a partir da introdução de dados de frequência e tempo de utilização da água para as atividades mais corriqueiramente realizadas em ambiente doméstico.
O objetivo é que o usuário perceba o efeito do seu comportamento de uso: o resultado é o volume de água utilizado, calculado segundo os dados fornecidos para utilização individual ou coletiva, o que possibilita a observação da quantidade de água gasta em diversos ambientes (banheiro, cozinha, área de serviço e, em casas, na área externa) e para a edificação como um todo, considerando o consumo por dia, mês ou ano.
No módulo de economia de água, o usuário é convidado a adicionar equipamentos economizadores bastante difundidos (arejadores, redutores de vazão, pulverizadores, descarga dupla para bacia sanitária e lavadoras pressurizadas) e de fácil instalação aos pontos de consumo de água, observando a economia potencial gerada a partir de soluções tecnológicas simples. Ao final, é mostrado o consumo de água com e sem a introdução do equipamento economizador selecionado pelo usuário.
A calculadora permite ainda que seja realizada uma simulação da substituição potencial média de água potável por água de chuva, mês a mês ao longo de um ano, informando o percentual de economia de água potável para os usos selecionados.
A ideia da calculadora não é a precisão nos resultados, que seria possível apenas pela medição direta do consumo, mas servir como uma ferramenta de auxílio na educação ambiental que tire os usuários do modo automático de uso de água e chame a atenção para como ela é utilizada. “Isso irá trazer foco para a frequência e o tempo efetivo de uso para as atividades mais corriqueiramente realizadas em ambiente doméstico e as consequências desse comportamento para o consumo de água”, explica Luciano Zanella, pesquisador e um dos responsáveis pelo desenvolvimento da nova ferramenta.
Fomentar o uso eficiente da água é uma das estratégias para promover a educação ambiental, cada vez mais necessária em épocas de variações históricas nos regimes de chuva. Ainda é presente na memória de todos que o Estado de São Paulo enfrentou uma longa estiagem entre os anos de 2013 e 2015 e que, mesmo com a ocorrência de alguns períodos de chuvas mais intensas, os volumes dos reservatórios não alcançaram novamente sua plenitude, o que ressalta a necessidade de economia desse recurso.
Os volumes operacionais dos principais mananciais que abastecem o estado (Cantareira, Alto Tietê e Guarapiranga) estavam com índices de armazenamento, no dia primeiro de agosto de 2023, de 78,7%, 67,1% e 66,6%, respectivamente, segundo dados da Sabesp. No entanto, nos três últimos meses deste ano (maio, junho e julho), a pluviometria nos três mananciais foi abaixo da média histórica: no Cantareira, por exemplo, choveram 23,7 mm em maio, 47,9 mm em junho e somente 4,8 mm em julho, enquanto os volumes esperados eram, respectivamente, de 75 mm, 57,2 mm e 44 mm.
A calculadora pode ser acessada gratuitamente pelo link: https://tinyurl.com/3f5h6hdv.
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