A Acquozone, de São Paulo, está procurando difundir no Brasil uma nova abordagem para fomentar o uso dos geradores de ozônio e consolidá-lo no mercado como eficiente e diversificado oxidante. Fundada em 2019 a partir de demanda específica da empresa controladora, a Clean Water, especializada em tratamento de água para processo, a ideia é engenheirar cada tipo de equipamento à necessidade específica do cliente.
Segundo seu diretor, Luiz Claudio (foto), obrigatoriamente todas as demandas pelos sistemas começam com testes pilotos para saber, ao final das análises, qual a melhor capacidade e o método de aplicação mais apropriado da injeção do ozônio — se por difusor, microbolha, expansão direta ou por venturi. “Caso a caso a resposta é diferente uma da outra”, diz.
Depois de definido qual será o projeto do ozonizador, ele será construído na fábrica em São Paulo a partir de 90% de componentes nacionais, à exceção da célula do ozônio importada de empresa alemã. Após isso, o modelo de negócio é locar o equipamento, o que permite também uma assistência à operação mais próxima para evitar dissabores na operação.
Nesses primeiros anos de atuação, já são 38 equipamentos alugados em indústrias de alimentos, de transformação, siderúrgicas, mineradoras, de cosmético e farmacêutico. Há geradores com capacidade de 100 g de O3/h até 15 kg de O3/h. Apenas dois clientes preferiram comprar as máquinas.
Na indústria, as aplicações são variadas, para desinfecção de efluente, afluente ou para processo. Um uso comum tem sido na chamada desinfeção por CIP - clean in place em cervejarias. Nesse caso, houve ganho de tempo e de redução de uso de produtos químicos empregados na lavagem dos tanques e equipamentos. Com a tecnologia, o CIP só precisa de hidróxido de sódio e enxágue em ozônio, dispensando outros oxidantes químicos tradicionalmente utilizados, como peróxido de hidrogênio e ácido peracético.
O ozônio também tem sido muito empregado para desinfecção de descartes de efluentes na indústria de fármacos. Ou em operações para captação de água de rio ou poço e especificamente para evitar excesso de cloro em desinfecções, o que tem potencial de geração dos cancerígenos trialometanos. Segundo Claudio, o ozônio, além da desinfecção, também degrada o excesso de cloro, evitando a reações com risco de formação dos subprodutos indesejados.
“Há muitas possibilidades, mas todas precisam ser estudadas antes. Não existe gerador de prateleira para atender qualquer necessidade. Caso contrário, a tecnologia, que é muito eficiente e versátil, se queima”, finaliza.
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