O hidrômetro está sendo alvo de furtos constantes nos municípios atendidos pela Casan - Companhia Catarinense de Águas e Saneamento na Região Metropolitana de Florianópolis. A ação dos criminosos da chamada “gangue do cobre” levou a companhia a pedir o apoio da Polícia Militar de Santa Catarina, que se comprometeu a reforçar o policiamento nas áreas de maior número de ocorrências registradas.

Além de hidrômetros, a “gangue do cobre” também vem roubando fios e equipamentos elétricos, como ventiladores, bombas, elementos dos quadros de comando, correntes, gradeamento, válvulas e registro. Só na Unidade de Recuperação Ambiental operada pela Casan na Beira Mar Norte, em Florianópolis, já foram 10 ocorrências de furto entre abril e julho. O prejuízo total com esses roubos foi de R$ 1 milhão à companhia.

De 2022 para 2023, o aumento dos furtos de hidrômetro na Região Metropolitana foi de 83%. No mesmo período de análise, o número passou de 498 para 911. São José tem a maior incidência de furtos, com mais que o dobro de ocorrências em relação ao ano passado. Foram 496 até outubro de 2023 contra 190 no mesmo período no ano passado, um aumento de 175,8%. Já na Capital, foram 292 até outubro de 2023, contra 213 no período em 2022 (37,08% de aumento).

Considerando que a substituição de um hidrômetro custa R$ 293,44, a companhia teve só neste ano um prejuízo de R$ 267 mil. Além do problema financeiro, a falta do aparelho prejudica o abastecimento, chegando a desperdiçar até 3 mil L/h e podendo paralisar serviços essenciais.

No início de 2023, a agência da Casan de São José já tinha recorrido à Polícia Civil para tomar providências. Na época, foi feita uma varredura em possíveis locais de receptação pela cidade, uma vez que o principal objetivo dos criminosos ao furtar é revender o cobre da carcaça do aparelho.

A Casan orienta o usuário furtado a fazer um boletim de ocorrência e solicitar a instalação de um novo hidrômetro. A companhia reforça que as penalidades e os custos da instalação do novo hidrômetro poderão ser de responsabilidade do usuário se ele não apresentar defesa em até 15 dias após o furto, utilizando o boletim de ocorrência. A defesa então passa por uma Comissão Julgadora e, caso seja aceito o pedido, a Casan não cobra a reinstalação.



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