A operação dos sistemas de tratamento de efluentes é um grande desafio para as indústrias alimentícias devido às elevadas variações de cargas orgânicas, presença de diferentes contaminantes e rigorosas exigências legais. Há, no entanto, modelos eficazes, como se observa no âmbito de parceria entre a Frooty, com sua fábrica processadora de açaí, na cidade de Poços de Caldas, MG, com o Grupo Opersan, especializado em soluções ambientais para o tratamento de água e efluentes.
Fernando Donnantuoni, coordenador de desenvolvimento de negócios do Grupo Opersan, relata que a parceria começou em 2018 em função da necessidade de a Frooty buscar o tratamento correto de seus efluentes e descartá-los em corpo receptor, conforme as determinações legais. O sistema instalado conta com pré-tratamento físico-químico para depuração parcial dos contaminantes, seguido de um processo biológico com membranas de ultrafiltração (MBR - Membrane Bio Reactor).
A parceria é na modalidade de negócio BOT - Build, Operate and Transfer. “O Grupo Opersan realiza com capital próprio todos os investimentos, incluindo os serviços de engenharia e todos os materiais e equipamentos necessários para a implantação do sistema, além de assumir os riscos relativos a prazos e custos com subfornecedores e colocar o processo em operação. Somente após comprovada a performance, passamos a ser remunerados pela prestação dos serviços operacionais, conforme condições comerciais acordadas, por um prazo contratual de sete anos”, diz o coordenador.
Durante todo o período contratual, o Grupo Opersan assume as responsabilidades ambientais pelo tratamento e enquadramento dos efluentes conforme legislação ambiental, bem como mão de obra, insumos químicos, descarte de resíduos, manutenções preventivas e corretivas, troca e substituição de equipamentos. “Transcorrido o prazo do contrato, transferirá a posse do sistema à Frooty, que receberá um ativo de comprovada garantia de tratamento”, salienta o especialista.
Donnantuoni lembra que quando a Frooty procurou o Grupo Opersan para verificar a viabilidade técnica do tratamento dos efluentes, uma das possibilidades aventadas pela indústria alimentícia era a de tratamento offsite, que implica dependência de terceiros e elevados custos para a destinação dos efluentes líquidos na localidade. “Optamos por implantar a modalidade onsite, pois reduzimos os ônus operacionais, eliminamos riscos logísticos e proporcionamos autonomia ao cliente, com economia e maior controle/monitoramento de processo. Ademais, descartamos os efluentes tratados atendendo às rígidas exigências de padrões ambientais definidos pelas leis estaduais e federais. Há ganhos financeiros, de eficácia e ecológicos”, enfatiza.
O sistema instalado na Frooty, no qual o Grupo Opersan investiu mais de R$ 3 milhões, além dos custos anuais para manutenção e reposição de ativos, tem capacidade para tratamento de até 2500 m3 mensais de efluentes. “Além do aporte de recursos, o time de engenharia precisa estar constantemente atualizado com as mais avançadas tecnologias para propiciar a melhor relação de custo de investimento e operacional. Quando aplicável, também podemos oferecer o reúso da água como alternativa de processo, sem prejuízo ao inegociável atendimento integral às exigências da legislação ambiental”, frisa Donnantuoni.
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