A Veracel Celulose alcançou, em 2023, o menor índice médio anual de uso específico de água da história de suas operações em Eunápolis, BA. Foram 20,2 metros cúbicos por tonelada de celulose produzida (m³/tsa). Esse resultado, melhorado ao longo de sete anos, representa uma redução total de quase 20% no uso de água na produção da empresa durante o período.
A redução significa que, com inovações e melhorias nos processos da fábrica, a companhia deixou de usar, por ano, mais de 6 bilhões de litros de água do Rio Jequitinhonha, nos últimos sete anos. No processo de fabricação de celulose, a Veracel devolve mais de 99% da água captada ao meio ambiente.
“São pouquíssimas as empresas no mundo que trabalham com patamares de uso de água como os da Veracel. Por isso, é com grande satisfação que alcançamos esse marco, fruto de anos dedicados a uma busca constante por oportunidades. Estas oportunidades visam não apenas minimizar o uso dos recursos hídricos, mas também garantir que estejam sendo utilizados com responsabilidade em todos os nossos processos”, ressalta Tarciso Matos, coordenador de Meio Ambiente na Veracel.
Para atingir esses resultados, desde 2017 a companhia realiza estudos e implementação constantes de melhorias. Na época, o uso de água era de 25,2 m³/tsa. Em 2018, a empresa começou a executar as ações com a meta inicial de reduzir o uso de água em 10% até 2022, objetivo que conseguiu atingir um ano antes. Em 2023, sete anos depois do início do mapeamento, a empresa fechou o ano com uma redução de 20% no uso do recurso.
Para 2024, a expectativa é conseguir chegar a 19 m³/tsa e, nos próximos quatro anos, reduzir o nível ainda mais, até 18 m³/tsa. Isso significaria uma redução de 30% desde 2017. Ainda assim, segundo Matos, espera-se que a empresa atinja esse patamar novamente antes do previsto.
Algumas das últimas ações implementadas para alcançar esses números foram os investimentos em novas tubulações e válvulas para aumentar o reúso da água em alguns processos. Antes disso, a empresa realizou várias melhorias significativas, como a automação do controle de nível de tanques e instalação de novos alarmes nos painéis de controle. Além disso, a empresa adotou ferramentas de gestão online, uma inovação destinada a aprimorar o monitoramento e o controle do uso de água pelos operadores.
“Além de ser um esforço conectado com nosso pilar de sustentabilidade, a redução no uso de água resulta em ganhos significativos de competitividade. Por exemplo, a diminuição na demanda hídrica implica a redução do uso de vários produtos químicos utilizados no tratamento de água. Isso gera diminuição de custos no processo. Além disso, usar menos água reduz a utilização do sistema que bombeia o recurso para a fábrica. Fato que economiza energia elétrica e nos permite exportar mais para a rede”, complementa o executivo, referindo-se ao processo de produção de energia limpa da companhia. Esse mecanismo atende 100% da produção da Veracel Celulose, que ainda vende o excedente.
Desde o início das operações da companhia na fábrica em Eunápolis, em 2005, a empresa segue a regra de devolver a água utilizada e tratada 800 metros antes do ponto de sua captação. “Isso mostra o quanto confiamos na qualidade do efluente que devolvemos ao Rio Jequitinhonha, outro diferencial da empresa, uma vez que poucas companhias no mundo têm esse conceito”, finaliza Matos.
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