O Rio de Janeiro dobrou a quantidade de água de reúso por dia, de 1,9 milhão de litros para 4,3 milhões de litros. Sustentável, a iniciativa permite a utilização de água tratada para o seu uso mais nobre, que é o abastecimento das pessoas.

O volume equivale ao uso diário de cerca de 29 mil pessoas, quantidade suficiente para o consumo dos bairros cariocas de Bonsucesso e da Abolição, juntos, por exemplo.

Resultado do tratamento do esgoto, com uma etapa adicional de desinfecção com cloro, a água de reúso é produzida pela concessionária na ETE - Estação de Tratamento de Esgoto da Penha (1,9 milhão de L/dia) e, mais recentemente, na ETE da Pavuna (2,4 milhões de L/dia).

Nas duas unidades, cerca de 30 caminhões-pipa da Comlurb - Companhia de Limpeza Urbana são abastecidos diariamente e partem rumo à limpeza das ruas.

A água de reúso é aproveitada para limpar vias que abrigam feiras livres e também em dias de jogos nos estádios do Maracanã e do Engenhão, além de grandes eventos na capital fluminense, como Carnaval e o Réveillon.

Desta maneira, a água potável que poderia ser direcionada para essas atividades vai para os imóveis de moradores e comerciantes atendidos pela Águas do Rio.

“O esgoto tratado nada mais é do que água usada. Ele passa por estações de tratamento com a operação controlada e, em vez de ser devolvido à natureza, se torna um novo recurso. Ou seja, é uma alternativa sustentável acima de tudo. A água de reúso é mais utilizada nas atividades industriais, podendo ainda ser aplicada na agricultura, limpeza de ruas e veículos e rega de jardins”, explicou o gerente de Operação das ETEs da Águas do Rio, Pedro Ortolano.

O aumento da oferta de água de reúso está alinhado ao compromisso da Águas do Rio com a sustentabilidade e com a segurança hídrica no Estado do Rio. Nesse cenário, o olhar da empresa vai além.

“O aumento da produção é somado a outras iniciativas da concessionária, que têm como objetivo fazer o uso sustentável desse recurso vital para as pessoas e para a preservação da natureza. O nosso programa de perdas, por exemplo, utiliza diversos recursos tecnológicos, como georadar, geofone e até mesmo um satélite, que identifica vazamentos ocultos. Desde o início da nossa atuação, cerca de 3 bilhões de litros de água deixaram de ser desperdiçados por mês”, destacou Sinval Andrade, diretor Institucional da Águas do Rio, do grupo Aegea.

A Águas do Rio tem planos definidos para aumentar o projeto. A concessionária está implantando uma unidade de produção de água de reúso na ETE São Gonçalo para fornecê-la ao Polo Gaslub, antigo Comperj Complexo Petroquímico de Itaboraí, da Petrobras, a partir do segundo semestre de 2026.



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