Junho dará início à segunda etapa do Programa de Combate a Perdas realizado pela Sanor, em Orlândia, SP. Desde o dia 4, um VANT - Veículo Aéreo Não Tripulado pode ser visto sobrevoando a cidade para a elaboração do levantamento planialtimétrico, cujo objetivo é estabelecer um arquivo digital completo e detalhado com todos os dados da área onde o município se localiza.
As informações levantadas serão utilizadas na implantação de um novo cadastro em tecnologia SIG - Sistema de Informações Geográficas.
Para que um planejamento de redução e controle de perdas de água seja efetivo, é preciso que todas as características físicas do sistema de abastecimento sejam conhecidas. Por isso, a concessionária está fazendo a modelagem hidráulica para posterior setorização, que vai permitir uma distribuição mais igualitária das pressões no sistema que abastece a cidade, melhorando assim, a distribuição de água.
“A modelagem hidráulica vai gerar os cenários de setorização no município e isso nos permitirá elaborar os projetos que serão aplicados futuramente. O uso dessa tecnologia com drone agiliza e qualifica o processo de levantamento topográfico e cadastro técnico. Com o VANT, temos mais precisão de dados topográficos se comparado aos métodos tradicionais”, explica Roberto de Carvalho Correa, gerente geral da Sanor.
Consciente de sua responsabilidade em relação à escassez dos recursos hídricos e focada na busca por melhor eficiência operacional, em abril deste ano, a Sanor deu início ao Programa de Combate a Perdas com a pesquisa de vazamentos não visíveis com auxílio do geofone, um equipamento de última geração que a empresa importou da Alemanha, que identifica possíveis vazamentos subterrâneos nas redes, ou seja, aqueles que não aparecem acima do asfalto e, sem essa tecnologia, são impossíveis de serem identificados.
As marcações feitas pelo aparelho são de possíveis vazamentos na rede e, após essa demarcação, uma outra equipe da concessionária vai até os locais para fazer a intervenção e identificar se é mesmo um vazamento ou não. “Essa etapa é muito importante porque ter vazamentos na rede significa perda significativa de água que poderia ir para as casas, então é muito importante fazermos essa verificação”, comenta o executivo.
De acordo com ele, o índice de desperdício na cidade precisa ser diminuído. “Cada habitante de Orlândia consome, em média, 6100 litros por mês, sendo que de acordo com a ONU - Organização das Nações Unidas, cada pessoa necessita de 3,3 mil litros de água por mês, ou seja, na cidade, temos um consumo de quase o dobro do ideal”, afirma.
O Programa de Combate a Perdas da Sanor está em conformidade com o novo marco legal do saneamento, que traz novos parâmetros para os municípios reduzirem as perdas de água. A portaria do Governo Federal nº 490/2021 estabeleceu que os municípios só poderão receber recursos da União diante do cumprimento de índice de perda de água na distribuição, devendo alcançar a média de 25% até 2033/2034.
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