O Governo do Estado do Paraná lançou a publicação Indicadores de Desenvolvimento Sustentável por Bacias Hidrográficas do Estado do Paraná 2022 com a temática de sustentabilidade, produzida pelo Ipardes - Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social.

Com periodicidade quinquenal e em sua quinta edição, a publicação ganhou novos indicadores, contemplando as três dimensões clássicas do desenvolvimento sustentável: ambiental, social e econômica. Esses indicadores podem ser visualizados de forma detalhada, sobrepostos às regiões definidas a partir das 16 bacias hidrográficas paranaenses.

Bacia hidrográfica é a unidade básica para gestão dos recursos hídricos e para gestão ambiental, uma vez que os elementos físicos naturais estão interligados por um rio principal e seus afluentes.

O diretor-presidente do Ipardes, Jorge Augusto Callado, explicou que a publicação pode ser usada tanto pelos gestores públicos quanto por instituições privadas, e que esses índices serão cada vez mais importantes na tomada de decisões e para corrigir rumos, caso necessário. 

“Os índices que constam nesse documento podem embasar a formulação de novas políticas públicas, o acompanhamento das já existentes e podem ser usados pelo setor produtivo que, com base em índices como disponibilidade hídrica, questões de solo, de saúde e de educação, também podem planejar os seus investimentos e as suas futuras ações”, disse.

Na dimensão ambiental, os aperfeiçoamentos constantes da nova publicação referem-se, entre outros, aos indicadores relacionados à qualidade e disponibilidade de recursos hídricos nas bacias paranaenses. O IQA - Índice de Qualidade das Águas, extraído de 183 estações de monitoramento distribuídas pelo Estado e sistematizado a partir da classificação final feita pelo IAT - Instituto de Água e Terra, registrou a predominância da classe considerada como “boa” em 81,4% das situações.

Em relação ao saneamento, segundo as informações da Sanepar, em 2022, foi alcançada 100% de cobertura com rede urbana de água. Nesse exercício, o percentual de cobertura de esgoto da rede urbana atendida pela companhia foi de 80%, sendo que 100% do esgoto coletado foi tratado pela empresa.

Em relação ao uso e cobertura da terra, segundo o mapeamento realizado e divulgado pelo IAT em 2019, a agricultura ocupou 33,01% da área, seguida das florestas nativas (29,12%), áreas de pastagens/campo (25,32%), plantios florestais (6,47%), áreas urbanizadas (1,44%) e várzeas (1,35%).

O indicador de vegetação nativa, divulgado pelo IAT em 2021, equivale a 29,59% do território paranaense. No Estado, cerca de 10% do território é protegido por Unidades de Conservação (UCs). Destacam-se os percentuais de UCs encontrados nas bacias Litorânea (81,86%), e ainda nas bacias Paraná 1 (54,08%) e Paraná 2 (46,56%), ambas localizadas no noroeste.

Segundo o secretário do Planejamento, Guto Silva, pasta à qual o Ipardes está subordinado, os novos dados vão orientar a tomada de decisão do próprio governo e, naturalmente, serão instrumentos para que a sociedade também possa acompanhar a evolução na área. “Esses indicadores de sustentabilidade vão balizar a tomada de decisão nossa, do ponto de vista orçamentário, orientando como serão investidos os recursos públicos. Além disso, abrem a possibilidade ao mercado de saber mais sobre a realidade do Paraná”, disse.

Segundo o secretário, a iniciativa se soma a outras que colocaram o Paraná como o Estado mais sustentável do Brasil, por três vezes consecutivas, no Ranking de Competitividade dos Estados.

Foto: Valdelino Pontes/SECID



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