A Higra, de São Leopoldo, RS, durante os meses de maio e junho, disponibilizou 13 bombas anfíbias para drenar mais de 16 bilhões de litros de água, o equivalente a mais de 6 mil piscinas olímpicas, em cinco cidades atingidas pelas cheias no Rio Grande do Sul.
O CEO da empresa, Alexsandro Geremia, conta que, tão logo iniciaram os problemas das enchentes, com o rompimento dos diques em São Leopoldo, sentiu que precisava fazer algo para ajudar.
“Colocamos a nossa estrutura à disposição, bem como as bombas anfíbias que tínhamos em estoque e estavam prontas para embarque, até mesmo para fora do país. Conversamos com os nossos clientes, que entenderam a emergência e o consequente atraso na entrega. No total, disponibilizamos bombas que, se fossem comercializadas, gerariam mais de R$ 20 milhões. O nosso objetivo primordial, naquele momento, não era o lucro, e sim ajudar da melhor forma possível”, recorda o diretor. “O valor do aluguel cobria apenas os custos de engenharia, adequação, acompanhamento de campo e revisão no retorno”, acrescenta.
Outro fator fundamental, e que ajudou bastante durante as emergências nas cidades que receberam bombas anfíbias da empresa, foi a facilidade de instalação. “Tendo todos os componentes em campo, estimamos quatro horas para iniciar a operação do sistema de bombeamento. É mais compacto e mais ágil do que sistemas convencionais, visto a capacidade adaptativa da bomba anfíbia e a não necessidade de alinhamento de eixo”, diz.
As bombas anfíbias são dispositivos de bombeamento projetados para funcionar tanto submersos quanto fora d'água, oferecendo versatilidade em diversas aplicações. Podendo ter de 300 quilos a mais de 6 toneladas, as bombas utilizam motores molhados lubrificados com água, eliminando a necessidade de óleos e reduzindo riscos ambientais. Indicadas para drenagem pluvial urbana, essas bombas lidam eficientemente com grandes volumes de água e detritos como lixo e barro, que podem obstruir sistemas tradicionais.
Segundo o coordenador de Mercado da Higra, Deivis dos Santos, em um cenário de drenagem pluvial urbana, um dos principais desafios é o manejo de grandes volumes de água durante eventos de chuva intensa, já que a infraestrutura de drenagem, muitas vezes, não é capaz de lidar com o fluxo excessivo, seja por capacidade de bombeamento (vazão) ou, como ocorreu em várias cidades no Rio Grande do Sul, pela incapacidade de bombas com motores secos operarem com altos níveis de água.
“A água da chuva em áreas urbanas tende a transportar uma variedade de detritos, incluindo lixo, barro e entulho, que podem entupir e danificar os sistemas de drenagem. As bombas anfíbias, pelo seu design diferenciado, têm grades de proteção com espaçamento maior, reduzindo a possibilidade de entupimentos por sólidos menores, sejam folhas, madeiras e latas”, explica o coordenador.
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