Com a meta de acompanhar a melhoria ambiental nas ruas vizinhas à nova ETE - Estação de Tratamento de Esgoto de Potecas, em São José, SC, a Casan iniciou um Programa de Monitoramento de Odores. A cada dois meses serão coletadas amostras do ar em 28 pontos: três no canteiro de obras da nova unidade, cinco nas lagoas de estabilização e os outros 20 nas ruas do bairro do município de São José. Os pontos para a medição no bairro serão escolhidos de acordo com a movimentação do vento no dia, dentro de um raio de 2,5 quilômetros das obras que estão em pleno andamento.
As amostras serão enviadas para análise em laboratório, onde será avaliado o nível de H2S - sulfeto de hidrogênio, gás que possui um cheiro distinto e desagradável.
“O principal objetivo desse monitoramento será comparar futuramente, quando a nova ETE Potecas estiver em funcionamento, como está o ambiente após a desativação das lagoas de estabilização, verificando se os níveis de concentração desse gás diminuíram no ar da região”, explica a engenheira ambiental Larissa de Andrade Gonçalves, que atua nos programas ambientais da ETE.
A ETE Potecas contará com um novo sistema de controle de odor, com a coleta dos gases gerados no processo de depuração por meio de exaustores, além de tratamento em um biofiltro. O biofiltro é um meio de suporte com características propícias ao crescimento de microrganismos responsáveis pela degradação de compostos que geram odores.
A Casan também desenvolve outras ações no Plano de Controle Ambiental das Obras, como o monitoramento de emissão de fumaça de máquinas, veículos e de gases; monitoramento da fauna e flora; medição, acompanhamento e gestão de ruídos; monitoramento da qualidade da água do Rio Forquilhas e o acompanhamento da qualidade da água subterrânea.
Com conclusão prevista para até o final deste ano, a ETE Potecas vai substituir a unidade construída na década de 1980 com tecnologia de lagoas de estabilização. A nova infraestrutura vai tratar o esgoto em sistema de lodos ativados por aeração prolongada, com controle de odor e remoção complementar de fósforo, o que vai garantir maior qualidade do efluente final. A unidade atual tem capacidade de vazão média de 423 L/s. O novo projeto prevê, na primeira etapa, capacidade de tratar uma vazão média de aproximadamente 600 L/s e, na segunda etapa, 800 L/s. A nova estação foi dimensionada considerando uma população de 328.494 habitantes para a primeira etapa do projeto e 437.992 habitantes na segunda etapa. Moradores da parte continental de Florianópolis e de São José serão beneficiados.
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