O governo de São Paulo concluiu o processo de desestatização da Sabesp, maior companhia de saneamento do Brasil. O Grupo Equatorial tornou-se investidor de referência, ficando com uma fatia de 15% da companhia, em um investimento de cerca de R$ 6,9 bilhões. Uma cerimônia na B3 marcou a conclusão da desestatização, com a presença de executivos do grupo.
Na solenidade Augusto Miranda, CEO do Grupo Equatorial, destacou o compromisso do governo do Estado de São Paulo de antecipar a universalização dos serviços água e esgoto para 2029, o que vai demandar um investimento de R$ 69 bilhões em cinco anos.
“Iremos somar esforços com o time de excelência da Sabesp na melhoria da gestão, no crescimento da companhia e no atingimento de metas desafiadoras para atender com ainda mais qualidade os nossos 28 milhões de clientes do estado de São Paulo”, disse o executivo. Para Miranda, o foco principal da companhia é universalizar os serviços de água e esgoto nos 371 municípios atendidos. “Reafirmamos publicamente o nosso compromisso com a antecipação das metas de universalização dos serviços, com a qualidade que a população de São Paulo merece. Este é o grande objetivo da operação da Sabesp”, concluiu.
O Estado de São Paulo arrecadou R$ 14,77 bilhões com a venda de 32% das ações da Sabesp. A oferta foi executada ao preço de R$ 67 por papel. A demanda total do mercado pelas ações da Sabesp chegou a R$ 187 bilhões, um recorde para uma oferta pública no Brasil. Além dos 15% comprados pela Equatorial, 17% das ações foram vendidas a outros investidores, incluindo pessoas físicas.
Hoje, a Sabesp atende 28,1 milhões de pessoas com abastecimento de água, sendo que 24,9 milhões delas também são clientes de coleta de esgoto. A companhia está presente em 375 municípios paulistas, o que representa 58,3% do território do estado.
O Plano Regional de Saneamento Básico aprovado pelo governo paulista e municípios prevê R$ 260 bilhões em investimentos até 2060, dos quais R$ 69 bilhões serão usados para levar água potável e tratar esgoto para mais 10 milhões de pessoas em comunidades e zona rural, de 28 cidades.
O modelo de privatização aprovado prevê ainda a redução de até 10% nas tarifas social e vulnerável para famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). Já a tarifa residencial terá queda de 1%, e as demais, como comercial e industrial, terão 0,5% de diminuição, segundo o governo.
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