A Ecolab, especializada em soluções e serviços relacionados à água, anunciou os resultados do seu segundo Estudo Anual Watermark, que relata o estado da gestão da água ao redor do mundo. A pesquisa deste ano revelou que 87% dos consumidores brasileiros estão preocupados com o acesso à água limpa e segura. Isso reflete também na forma de consumo da população: 78% dos consumidores do Brasil estão dispostos a pagar 1% ou mais por produtos mais ecológicos, enquanto 58% pararam de usar ou comprar produtos devido à quantidade de água necessária para fabricá-los.

Além disso, a porcentagem de consumidores no Brasil que acreditam que empresas e governos fizeram progressos suficientes em relação às metas de sustentabilidade no último ano é de apenas 58% e 57%, respectivamente. “Os consumidores querem que governos e empresas tomem atitudes em relação às preocupações com a sustentabilidade, incluindo o acesso à água limpa e segura. Na Ecolab, sabemos que é possível alcançar resultados operacionais e financeiros, enquanto protegemos os recursos vitais à vida”, destaca Ney Souza, Diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia da Ecolab na América Latina.

Entre as regiões pesquisadas – Ásia e Pacífico, América Latina, China, Estados Unidos, Europa e Índia, Oriente Médio e África (IMEA) – a América Latina tem os consumidores mais preocupados com o acesso à água limpa e segura, acreditando que essa questão exige atenção imediata. Os latino-americanos atribuem a responsabilidade pela conservação da água, em grande parte, ao governo e às empresas, porém, eles sentem que os líderes governamentais e empresariais não têm cumprido sua parte do acordo. No Brasil, somente 49% acreditam que líderes governamentais e empresariais têm cumprido sua parte na conservação da água e 51% no enfrentamento das mudanças climáticas.

 De todas as regiões, a América Latina é uma das mais otimistas de que a crise da água pode ser mitigada com ações corretas e imediatas.

 Abaixo os destaques da pesquisa no Brasil:

• 44% dos consumidores atribuem à agricultura a maior responsabilidade no uso da água, 37% à mineração e 37% à indústria de alimentos e bebidas;
• 40% acreditam que o setor de mineração tem maior responsabilidade na redução do uso geral de água, 39% atribuem à agricultura e 33% à indústria de alimentos e bebidas;
• A maioria dos consumidores valoriza a transparência dos relatórios de sustentabilidade e acredita no progresso quando estes são comunicados. 56% acreditam quando as empresas reportam seu progresso em relação às metas climáticas e de sustentabilidade.

Seguindo a tendência global dos outros países pesquisados, os consumidores brasileiros diferem o olhar para as questões ambientais por dados demográficos. A densidade populacional está diretamente relacionada com o nível de preocupação com questões climáticas e de água. A população urbana – maior e mais densa – é a que mais se preocupa com o acesso à água (87%) e às mudanças climáticas (89%). Os indicadores reduzem um pouco nas populações dos subúrbios (82% e 85%) e rural (81% e 88%).

“Os consumidores que vivem em áreas urbanas estão demonstrando uma nova consciência dos desafios ambientais que o mundo está vivendo devido às adversidades cada vez mais presentes nas cidades, como ondas de calor prolongadas, longos períodos de estiagem, infraestrutura sobrecarregada ou acesso desigual à água e ar limpos, por exemplo”, afirma Ney.

A segunda edição do Estudo Watermark da Ecolab foi conduzida em parceria com a Morning Consult no início de 2024, com uma amostragem de adultos da população em geral, e continuará sendo realizada anualmente. Os resultados globais e específicos por país estão disponíveis em https://watermark.ecolab.com/.