Uma nova alternativa para geração de agente oxidante in situ está sendo ofertada no Brasil pela Envirolyte Brasil, representante de empresa de mesmo nome da Estônia. Só que a opção tem o diferencial de gerar um derivado do cloro pouco aplicado ainda no país, o ácido hipocloroso, cuja vantagem principal é sua atoxicidade aliada ao alto poder oxidante.
A tecnologia eletroquímica da Envirolyte, assim como a tradicional empregada para produção de cloro-soda, parte apenas de duas matérias: eletricidade e salmoura. E da mesma forma gera um oxidante com função sanitizante, que seria o anólito da reação, e como subproduto a soda cáustica (hidróxido de sódio), o católito, que pode ser utilizado como agente de limpeza.
Mas por conta de sua peculiaridade o eletrolisador gera o ácido hipocloroso como anólito, com pH neutro (7), ao contrário por exemplo do oxidante mais utilizado e gerado por sistemas in situ de eletrólise, o hipoclorito de sódio, cujo PH é alcalino que varia de 11 a 12,5, conforme explicou o responsável por aplicações e P&D da Envirolyte Brasil, Roberto Zucchetti. “O ácido hipocloroso só vai atacar microrganismos, seres unicelulares, ele é atóxico para seres humanos, animais, plantas”, disse.
O custo operacional é muito baixo, apesar do uso de eletricidade para a reação. “O litro sai abaixo de R$ 0,10”, disse Zucchetti. Segundo ele, por enquanto há duas instalações no Brasil, em indústria de laticínio e de cervejas.
Em ambas as instalações locais, conta como diferencial da aplicação o uso dos dois produtos gerados. O anólito segue para desinfecção de água e o católito, com pH alcalino (entre 10,5 e 12,5), contendo hidróxido de sódio e com alto potencial de redução, para limpeza de tanques, atuando na remoção de material orgânico, como proteínas, açúcares, gorduras e óleos.
O ácido hipocloroso tem alto poder oxidante e é indicado para sanitização de alto desempenho, com amplo espectro de ação, incluindo aí a remoção de biofilmes em materiais de tanques ou equipamentos. Ele também pode ser aplicado como agente desincrustante de material orgânico. De acordo com a empresa, o oxidante é superior ao hipoclorito de sódio na inativação de esporos, bactérias, vírus e outros patogênicos em uma base residual igual.
Com sede no Rio de Janeiro, a Envirolyte Brasil traz os equipamentos do sistema eletroquímico, que tem controle automatizado para assegurar teor de cloro residual, da fábrica da matriz na Estônia.
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