Adalberto Rezende, da redação.


 

Uma das estratégias usadas pela MWM (São Paulo, SP), que integra o grupo Tupy, para atender à demanda de peças de reposição para motores usados em diversos setores foi a ampliação de seu portfólio. Ao longo de 2023, a linha de produtos da companhia passou a contar com mais de 430 itens, o que representa um aumento de 29,1% do portfólio em relação a 2022.

 

Além disso, um novo propulsor para a viatura blindada de reconhecimento média sobre rodas (VBR-MSR) EE-9 Cascavel está em fase de desenvolvimento, o que é fruto de uma parceria da MWM e da Akaer, provedora de soluções para o setor aeroespacial e de defesa no Brasil. Em entrevista concedida à Máquinas e Metais, Thomas Püschel, diretor das unidades de negócios & marketing da MWM, forneceu informações sobre os investimentos da empresa nessa e em outras áreas como, por exemplo, modernização de linhas de produção e aumento da rede de engenharia local.

 

No que tange ao projeto de modernização do veículo militar, Thomas comentou que o desenvolvimento do novo modelo de propulsor “está em fase final de validação” e sendo submetido a testes. O motor, com potência de 220 cv, fará parte da série 6.12TCE. Também foi divulgado para a imprensa que o projeto está sendo realizado pelo consórcio Força Terrestre, do qual a Akaer está à frente, e que tem o Exército Brasileiro como instituição parceira.

 

O entrevistado comentou que os motores 6.12TCE serão produzidos na unidade fabril da MWM situada em Santo Amaro (SP). Além disso, a companhia, junto com as partes envolvidas no projeto, estuda a possibilidade de exportação dos futuros propulsores. Neste ínterim, o executivo informou que uma das frentes de trabalho da empresa é a implementação de novos equipamentos industriais e, inclusive, de usinagem e fundição, em unidades do grupo empresarial situadas em Joinville (SC) e Betim (MG), com foco, nas palavras dele, “na otimização de processos industriais”. Isso inclui também planos para a aquisição de novos equipamentos e tecnologias facilitadoras para a Indústria 4.0.

 

Voltando a falar do aumento do portfólio de peças para motores, Thomas comentou também sobre os próximos passos da MWM: “Nosso objetivo é continuar ampliando o nosso portfólio de peças de reposição para atender às necessidades de mercados cada vez mais exigentes. Considerando somente as linhas de peças Master Parts e Opcionais, nosso portfólio fechou 2023 com 1.906 itens ativos. Se for considerada também a linha Genuína, este número sobe para mais de 17.000 itens disponíveis para o mercado nacional e para exportação”.

 

 

Aumentar a rede de distribuição local é uma das metas

 

A consolidação de uma cadeia produtiva apoiada por uma rede de engenharia local foi um dos temas abordados por Thomas. No que se refere aos trabalhos recentes realizados pela MWM e Tupy, seguem em desenvolvimento projetos que têm como objetivo fortalecer a capacitação de colaboradores, que envolve parcerias com o Senai e com o Conarem – Conselho Nacional de Retíficas de Motores, por exemplo. 

 

Mais informações podem ser obtidas pelo site da MWM e Tupy. Um Estudo de caso de uma solução em problemas de usinagem de motores está disponível na seção Artigos técnicos em nosso site.

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Imagens: MWM, Tupy/Divulgação.

 

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#MWM #Tupy #MáquinaseMetais #Mercado



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