As companhias brasileiras Gerdau e a Braskem firmaram parceria com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e a Alkimat Tecnologia para o desenvolvimento de soluções inovadoras para o setor de eletromobilidade utilizando manufatura aditiva. A colaboração, com foco no desenvolvimento de componentes para sistemas de transmissão automotiva, tem potencial para alavancar a expansão da mobilidade elétrica no País.
A cooperação entre organizações de segmentos distintos fortalece a cadeia de manufatura aditiva, ou impressão 3D, no Brasil. Assim, a Gerdau contribuirá com o conhecimento em materiais metálicos, a Braskem com a experiência e conhecimento em polímeros, o ITA coordenará o projeto (devido à sua competência em pesquisa de manufatura) e, por fim, a Alkimat colaborará com sua expertise em impressão 3D.
Para a Braskem, a inovação e a sustentabilidade contribuem juntas para a construção de um futuro melhor. “Observamos com atenção diversos setores nos quais o impacto ambiental pode ser melhorado e, sem dúvidas, a eletromobilidade traz ganhos consideráveis, em especial na redução de emissões de carbono”, afirmou Fabio Lamon, gerente global de Inovação e Tecnologia para Manufatura Aditiva da Braskem.
Segundo Juliano Prado, vice-presidente da Gerdau, “a mobilidade é uma das principais tendências em transformação, com contribuição relevante para a resolução dos desafios da nossa sociedade”.
O professor Ronnie Rego, do ITA, explica que o advento da mobilidade elétrica abalou a ordem dos stakeholders de propulsão automotiva e a lacuna existente resulta na demanda por soluções disruptivas, mais do que incrementais. “Se nós brasileiros queremos efetivamente nos desvincular do estigma de colônia tecnológica, só há um caminho: a cooperação entre academia e indústria. Nessa aliança, unimos esforços para entregar ao mercado e à sociedade soluções de mobilidade que o futuro irá exigir”.
“As mudanças decorrentes da recuperação pós Covid-19 marcarão uma ‘nova normalidade’, na qual o fortalecimento da economia local, com menor dependência externa, terá importância fundamental. Iniciativas como esta, impulsionada por empresas referência em seus setores, deveriam ser adotadas por todos e estimuladas pelos governos”, comentou Jose Mascheroni, diretor da Alkimat.
O potencial da impressão 3D
A manufatura aditiva é um processo controlado por computador que possibilita, a partir de um modelo digital, a criação de objetos tridimensionais por meio da deposição de materiais, camada a camada. Daí a popularização do termo impressão 3D que, apesar do enorme potencial de aplicação no contexto da indústria 4.0, é bastante simples, podendo ser utilizado por grandes empresas em projetos disruptivos, como este em eletromobilidade, assim como por pessoas comuns, em suas casas.
No Brasil, existe uma perspectiva positiva para o crescimento desse mercado, em especial devido ao forte apelo de inovação, que impulsiona o desenvolvimento de soluções inovadoras, considerando também os aspectos de sustentabilidade por se tratar de um processo de manufatura totalmente descentralizada, que minimiza perdas e descarte de materiais, além de impactos logísticos.
Dentre as principais vantagens desta tecnologia, destaca-se a integração de funcionalidades, a redução de lead time, a possibilidade de redução de peso e, também, a liberdade de design, que permite a obtenção de peças com geometrias complexas. Nesse contexto, a manufatura aditiva é uma grande aliada no desenvolvimento de soluções que atendam às novas exigências que surgem nos mercados de mobilidade elétrica, compartilhada e autônoma.
(Foto: Freepik)
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