Passando do status de tendência para o de realidade, a demanda por sistemas e/ou serviços que possibilitem o comando e acompanhamento à distância de operações em linhas de produção cresce exponencialmente, no mesmo ritmo em que aumentam as preocupações quanto ao cenário econômico previsto para após o encerramento do distanciamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde. Investir em equipamentos que permitam a realização de trabalho remoto continuará a fazer parte dos planos de retomada da indústria.
O sistema ST-One, desenvolvido pela Smart-Tech, permite que informações provenientes de linhas de transformação de plásticos sejam compartilhadas em tempo real por meio de redes digitais que operam com diferentes protocolos. Ele consiste em um software que possibilita tanto a comunicação entre CLPs, impressoras 3D e computadores quanto o acompanhamento de processos, assim como em um hardware que possui portas de conexão para ser instalado diretamente em painéis elétricos de máquinas que processam polímeros.
O dispositivo foi instalado recentemente em extrusoras voltadas para a confecção de mangueiras cuja formulação continha materiais termoplásticos e elastômeros, para o segmento de autopeças. Isso foi parte de um projeto que consistiu no desenvolvimento de sistemas de coleta e armazenamento em ambiente virtual de dados obtidos a partir da operação das máquinas. Segundo os engenheiros Guilherme Cittolin e Tiago Machado, ambos sócios da companhia, esse trabalho enfrentou alguns impasses como, por exemplo, idade do equipamento bastante avançada e ausência de documentação referente às suas características técnicas. No entanto, a partir da implementação do sistema foi possível acompanhar o desempenho das extrusoras, o que viabilizou também a sondagem de variáveis de processo e o estabelecimento de parâmetros.
O hardware conta com um processador quad-core de 1GB de RAM e 32 GB de armazenamento, e apresenta comprimento de 120 mm, espessura de 20 mm e peso de 150 g. Sua configuração de operação e conexão com a Internet é feita remotamente pela fornecedora, a qual também oferece serviços por meio de uma plataforma digital própria. De acordo com Guilherme e Tiago, os requisitos básicos para a instalação são: acesso à rede de fornecimento de energia elétrica; meio de comunicação eletrônica com a máquina; e acesso à Web.
A empresa tem interesse em estabelecer parcerias com transformadores de plásticos e instituições de pesquisa e ensino para o desenvolvimento de projetos que envolvam a digitalização de parques fabris. Propostas podem ser enviadas para o e-mail netsmarttech@netsmarttech.com.
Foto: Smart-Tech
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