A companhia saudita Sabic, com escritório em São Paulo (SP), anunciou um novo portfólio de resinas de alto desempenho contendo cerca de 25%, em massa, de componentes de base biológica, disponibilizadas sob a marca Ultem. De acordo com a empresa, são os primeiros polímeros amorfos com conteúdo renovável certificado e disponíveis para a indústria.
De acordo com informativo da empresa fornecido à imprensa, é usada uma abordagem de balanço de massa em que, para cada 100 kg de resina produzida, a companhia substitui 25,5 kg de matérias-primas fósseis por compostos de base biológica derivados de resíduos, como tall oil bruto da indústria da madeira, por exemplo.
Trata-se de uma opção que pode apoiar as metas de sustentabilidade dos clientes para aplicações desafiadoras em eletrônicos de consumo, componentes aeroespaciais, no setor automotivo e em outras indústrias em que a estabilidade sob altas temperaturas, estabilidade dimensional e desempenho mecânico são requisitos necessários.
Para Scott Fisher, diretor de gestão de negócios, resinas e aditivos Ultem da Sabic, “como esses produtos têm o mesmo desempenho e atendem as mesmas diretrizes regulatórias – como UL94 e FDA para contato com alimentos – que as resinas Ultem tradicionais, não são necessários ajustes nos projetos dos produtos e nos processos de fabricação”. As novas resinas poderiam reduzir a pegada de carbono em até 10%, em comparação com os graus existentes de base fóssil, dando ao material a designação de ISCC Plus, certificado emitido pela International Sustainability and Carbon Certification (ISCC) ou Certificação Internacional de Sustentabilidade e Carbono, em tradução livre.
Segundo Greg Stoddard, diretor de tecnologia e inovação da Sabic, “As matérias-primas de base biológica usadas nos novos materiais da linha não alteram as propriedades de desempenho, que incluem desempenho de longo prazo sob altas temperaturas, boa resistência química, elevada resistência mecânica, estabilidade dimensional e hidrolítica, bons índices de processabilidade e retardamento de chama inerente. Com as mesmas propriedades confiáveis de seus equivalentes baseados em fósseis, os graus de base biológica podem ser considerados como um material alternativo às resinas tradicionais, ou até mesmo, a polímeros como PSU, PESU e PPSU”.
A companhia citou ainda que, entre os mercados potenciais para o emprego dessas resinas estão os produtos eletrônicos de consumo (wearables e dispositivos móveis), componentes automotivos sob o capô (como conectores, sensores e válvulas), aeroespacial (interiores, incluindo painéis e acabamentos), saúde (dispositivos cirúrgicos e bandejas de esterilização) e elétrica e eletrônica (como na infraestrutura de rede 5G).
Mais informações sobre os materiais plásticos de origem biológica podem ser encontrados em nossa nova seção clicando aqui. Além disso, uma relação dos fornecedores, importadores e fabricantes desse tipo de material está disponível em nosso guia exclusivo de Bioplásticos.
(Foto: Sabic) Novo portfólio de resinas Ultem, da Sabic, de base biológica que oferecem benefícios de sustentabilidade ao mesmo tempo em que oferece exatamente o mesmo alto desempenho e processabilidade dos materiais Ultem existentes. Esses materiais inovadores de polieterimida (PEI) são as primeiras resinas amorfas renováveis de alta temperatura certificadas disponíveis na indústria para uso potencial em aplicações desafiadoras em produtos eletrônicos de consumo, aeroespacial, automotivo e outras indústrias.
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