A Gerdau Graphene assinou um contrato de parceria com a unidade Embrapii – Materiais Avançados, localizada dentro da unidade Senai Mario Amato, em São Bernardo do Campo (SP), para o desenvolvimento de masterbatches com grafeno em resinas termoplásticas com objetivo de explorar o potencial desse material em resinas poliméricas, um dos seus principais campos de aplicação.
Segundo a companhia, o projeto é a sua terceira frente de pesquisa sobre grafeno, uma vez que possui um posto avançado no Centro de Inovação de Engenharia de Grafeno (GEIC, da sigla em inglês) da Universidade de Manchester, no Reino Unido, e um centro tecnológico de aplicação industrial em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em São Paulo (SP).
Com o Senai, o objetivo é explorar o potencial do grafeno em resinas poliméricas, a partir da tecnologia desenvolvida pelo GEIC, e trabalhar em fórmulas de dispersão e para aplicações industriais. Os desenvolvimentos terão foco em resinas virgens, pós-industriais e pós-consumo de polímeros como: PE, PP, PVC, PA, ABS, PS, PC, entre outros. A tecnologia atua em duas frentes: menor utilização de material para produção e potencialização da utilização de materiais recicláveis, ambas com ganhos nos índices de resistência e sustentabilidade.
Além da melhoria das propriedades mecânicas, o material confere ainda propriedades de barreira, proteção a intempéries, oxidação e UV, e aumento de condutividade elétrica e térmica. Algumas das diversas características do grafeno – como alta área superficial, alta razão de aspecto, alta resistência mecânica e boa compatibilidade com diversas matrizes poliméricas – têm potencial de revolucionar o setor, com aplicações em diferentes segmentos da indústria de plástico: embalagens rígidas e flexíveis, peças técnicas, eletrodomésticos, indústria automobilística e aeroespacial, entre outros.
De acordo com Alexandre de Toledo Corrêa, diretor-geral da Gerdau Graphene, a empresa busca ser referência em produtos de grafeno em escala industrial no Brasil e no mundo: “Para isso, estamos criando uma rede de centros de pesquisa, um ecossistema de desenvolvimento do material e de sua aplicação. O Senai, por sua expertise em polímeros, é um forte parceiro nesse sentido e constitui mais um passo para se transformar ciência em aplicação, produzindo conhecimento, capacitando pesquisadores e construindo soluções junto à indústria nacional. Os primeiros produtos estarão no mercado ainda no primeiro trimestre de 2022 e teremos entregas de pesquisas com esta parceria a cada seis meses”, afirmou o diretor-geral.
(Fonte: starline, Freepik)
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