O desenvolvimento do mercado de resinas pós-consumo (PCR) deu um importante salto nos últimos anos, movido pela demanda das grandes marcas, que passaram a reconhecer nesses materiais uma oportunidade para o cumprimento das suas agendas de ESG (Environmental, Social and Governance), sigla que resume o conjunto de práticas de uma empresa no que diz respeito aos aspectos ambiental, social e de governança.
Esse movimento tem sido fundamental para o sucesso da Ecological, que tem uma unidade de recuperação de resíduos industriais em Limeira (SP) e outra voltada à recuperação de plásticos pós-consumo na cidade de Cerqueira César (SP). A empresa fornece resinas recicladas obtidas a partir da recuperação de filmes flexíveis, com qualidade para substituir grades virgens equivalentes em muitas aplicações.
São oferecidos ao mercado polietileno de baixa densidade (PEBD) e polipropileno (PP) com garantia de rastreabilidade da cadeia, algo que tem atendido às expectativas de grandes consumidores de resina. Atualmente 90% da produção são compostos por PP oriundo principalmente de embalagens flexíveis de BOPP e oferecido ao mercado na forma de grades para injeção usados na moldagem de itens que não terão contato com alimentos, a exemplo de produtos para cuidados pessoais.
Um caso recente de sucesso foi a aplicação deste material em tampas de PP injetadas pela fabricante de embalagens Aptar, para produtos cosméticos da Unilever, que consegue assim cumprir suas metas de ESG com base na circularidade para os materiais plásticos. O desenvolvimento foi contemplado este ano com o certificado de “grandes cases de embalagem”.
A Ecological projeta para o próximo ano dobrar sua capacidade de produção atual, para 10 mil ton/ano de resinas, com base em um forte investimento em maquinário: iniciando uma nova linha de trituração e lavagem de embalagens flexíveis pós-consumo e uma nova linha de extrusão. Já o laboratório instalado realiza testes de caracterização das resinas, com análises do índice de fluidez, densidade, tração, flexão, carga, umidade e coloração, garantindo lotes homogeneizados de material e assegurando o fornecimento de formulações ajustadas às necessidades de cada aplicação.
Os investimentos anunciados também farão com que a empresa atinja seu propósito de aumentar a oferta de resinas recicladas pós-consumo (PCR) com base em embalagens flexíveis e fornecer soluções circulares sustentáveis ao mercado. A Ecological possui o selo Senaplas, da Abiplast, que identifica e valoriza as empresas recicladoras que trabalham dentro dos critérios sociais, ambientais e econômicos exigidos por lei.
Fotos: Ecological
Leia também:
Tecnologia na coloração de plásticos reciclados
Programa de reciclagem de geladeiras e freezers
#Ecological
#plásticoreciclado
Mais Notícias PI
Garrafas feitas com PET produzido a partir de óleo de cozinha usado começam a ganhar mercado ainda este mês, no Japão. A inovação envolve várias empresas da cadeia química.
13/11/2024
O instituto espanhol Aimplas está à frente do projeto Rewind, que tem como premissa a reutilização de materiais compósitos presentes em pás eólicas.
29/10/2024
Empresas formaram parceria para comercializar na América do Sul resinas feitas com plásticos reciclados e biomateriais.
29/10/2024