A UP3D (Vinhedo, SP) está trazendo para o Brasil o sistema MetalFuse, uma linha de impressoras 3D para metais desenvolvida pela norte-americana Raise 3D. O equipamento utiliza filamentos de polímeros combinados com metais, produzindo peças com resistência mecânica igual ou superior às de suas contrapartes fabricadas por processos consolidados como fundição e usinagem.

 

 

O sistema é composto pela impressora - que processa o filamento contendo metal em uma matriz polimérica -; um forno de “desvinculação” (debinding), onde o polímero é separado do metal por ação catalítica promovida por ataque ácido; e um forno de sinterização, no qual as peças permanecem durante até 24 horas, até que estejam prontas para uso ou acabamento posterior, por processos como a usinagem, polimento, revestimento ou jateamento.

 

Na foto ao lado podem ser observados os estágios de confecção de um componente: a peça “verde” (apenas impressa em 3D), a peça “marrom” (após o processo de desvinculação, que separa o metal do polímero), e a peça sinterizada após polimento ou revestimento.

 

O software instalado no sistema, chamado Idea Maker, adapta projetos desenvolvidos em sistemas CAD, levando em conta variáveis como a massa e a espessura da peça, para calcular a escala em que ela será construída, nos eixos X, Y e Z, tendo em vista o seu “encolhimento” após a desvinculação e sinterização, mantendo as dimensões precisas.

 

Os filamentos, fornecidos pela alemã BASF, estão disponíveis em diferentes ligas metálicas, sendo o 316L composto por 90% de partículas de aço inoxidável e 10% de polímero, e o 174PH, também composto por polímero e aço inox, é tratável termicamente para que se alcance maior resistência mecânica e dureza.

 

Cris Ulbrich, diretora da UP 3D, explicou que o principal uso do sistema Metal Fuse é a confecção de pequenas séries de peças e lotes piloto no setor metalmecânico, ou ainda, em departamentos de manutenção, onde é possível recompor componentes e mesmo moldes metálicos, reconstruindo-se a geometria com reforço em pontos específicos de fadiga.

 

As empresas interessadas podem tanto obter serviços da UP 3D quanto optar pela aquisição ou leasing dos equipamentos.

 

 

Fotos: UP3D

 

 

Leia também:

 

Impressão 3D, um universo de processos e tecnologias

 

Peças tubulares impressas em 3D serão usadas pelo setor de óleo e gás

 

 

 

 

#UP3D

#MetalFuse

 

 

 

 



Mais Notícias PI



Indústria deve retomar as aquisições de impressoras 3D

Pesquisa global feita por consultoria britânica sugere a redução do consumo de impressoras 3D para fins industriais, em contraposição ao aumento expressivo do uso dos modelos de entrada. A pesquisa prevê, porém, que deverá ocorrer em breve uma retomada das compras da indústria.

22/10/2024


Transformadores por injeção investem em robótica e impressão 3D

Nova pesquisa feita junto aos transformadores por injeção mostrou que aumentou o uso de células robotizadas no chão de fábrica, e também da manufatura aditiva (impressão 3D), utilizada principalmente para o desenvolvimento de produtos.

22/10/2024


Arburg e Aimplas se unem em projeto de pesquisa para a área médica

A empresa alemã cedeu para o instituto espanhol Aimplas um equipamento Freeformer, que executa a impressão 3D de peças a partir de grânulos convencionais. O propósito é pesquisar o desempenho de materias plásticos em aplicações da área médica.

29/10/2024