Adalberto Rezende, da redação.
As oportunidades para fabricantes de flutuadores plásticos se estendem para diversas áreas, sendo uma delas o setor fotovoltaico, onde há demanda por soluções modulares para a construção de usinas flutuantes e áreas de acesso a elas como, por exemplo, passarelas e píeres.
Os flutuadores plásticos também são uma boa solução para o ramo náutico e de ecoturismo, podendo ser usados para a construção de píeres voltados para a atracação de embarcações e motos aquáticas – conhecidos popularmente como "vagas molhadas" e “vagas secas” –, e para a área de saneamento, abrangendo aplicações similares às mencionadas acima.
Píer com “vaga seca” construído com flutuadores de polietileno de alta densidade desenvolvidos pela NTC. Imagem: NTC
Atenta a essas demandas, e também às ações colaborativas voltadas para o atendimento emergencial em caso de ocorrência de inundações, a NTC, empresa que desenvolve e fabrica flutuadores de polietileno de alta densidade (PEAD), com sede na cidade gaúcha de Caxias do Sul, está investindo na produção de soluções para atender à demanda oriunda desses e de outros setores.
Carlos Müller, coordenador de marketing da NTC, em entrevista concedida à Plástico Industrial, comentou que as estratégias da companhia, no que se refere à fabricação de flutuadores plásticos, envolvem a criação de um produto que seja ao mesmo tempo, “esteticamente atraente para o consumidor que quer atracar sua embarcação ou moto aquática, e seguro, sem mencionar que os flutuadores de polietileno de alta densidade (PEAD), que podem durar mais de 15 anos, são uma alternativa para quem procura uma solução mais amigável ao meio ambiente. Eles também atraem o interesse de consumidores que querem substituir outros tipos de materiais usados na construção de píeres, pontes e passarelas, como a madeira e o alumínio, por exemplo”.
Carlos Müller, coordenador de marketing da NTC. Imagem: NTC
A NTC possui a patente de uma linha de flutuadores fabricados por sopro, os quais foram expostos na última edição da feira São Paulo Boat Show, que aconteceu em setembro em São Paulo (SP).
O entrevistado comentou que o desenvolvimento dos flutuadores teve início em projetos conduzidos pela companhia para o ramo náutico, tendo como referência produtos similares que são comercializados na Europa, Ásia e em outras regiões.
Exemplo de aplicação de flutuadores de PEAD. Imagem: NTC
As pesquisas e os estudos realizados pela NTC também incluíram o uso de flutuadores na construção de usinas fotovoltaicas e em outros setores no Brasil que até o momento foram pouco mencionados quando o assunto é projetos envolvendo as versões fabricadas com plásticos – para a construção de helipontos.
Grafeno e plásticos reciclados no radar
O uso de plásticos reciclados e grafeno na fabricação de flutuadores plásticos também foi tema da entrevista. Carlos disse que a NTC já realizou testes envolvendo materiais reciclados na fabricação de flutuadores, e que a empresa segue analisando a viabilidade prática e econômica para implementar essa alternativa, além de atuar no desenvolvimento de outros produtos fabricados para terceiros e incluindo também o uso de grafeno. Ele comentou que a companhia não descarta a possibilidade de expandir as aplicações envolvendo grafeno à produção de flutuadores.
Há interesse também na formação de parcerias com companhias e instituições de pesquisa e ensino para o desenvolvimento de aplicações que tenham como objetivo o melhoramento das propriedades de produtos, assim como torná-los mais sustentáveis, “como ocorre na nossa parceria contínua com a Universidade de Caxias do Sul (UCS), por exemplo”, disse o entrevistado.
A NTC prevê crescimento de 10 a 20% no mercado brasileiro de flutuadores de polietileno de alta densidade (PEAD) em 2024. A companhia pode ser contatada pelo seu site. Confira também as seções Grafeno e Reciclagem em nosso site, onde você vai encontrar informações sobre materiais e aplicações envolvendo-os.
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#NTC #PlásticoIndustrial #FlutuadoresdePEAD
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