O governo federal apresentou no dia 5 de maio para governadores do Nordeste seu novo planejamento de leilões para expansão do sistema de transmissão, que visa principalmente escoar a energia renovável gerada na região. Batizado de POTEE - Plano de Outorgas de Transmissão de Energia Elétrica, o documento define como serão investidos R$ 56 bilhões nas novas linhas.
Ao todo, serão três grandes leilões com 24 lotes, programados até 2024 e com foco no ingresso de renováveis no Sistema Elétrico Brasileiro (SEB). No primeiro semestre, serão R$ 16 bilhões a serem leiloados no primeiro certame, depois mais R$ 20 bilhões no segundo leilão, no segundo semestre, e mais R$ 20 bilhões no de 2024.
O primeiro leilão, que ocorrerá em 30 de junho de 2023, viabilizará 6,1 mil km de linhas de transmissão e 400 MVA em subestações ao longo de toda a região Nordeste. Um segundo leilão, previsto para 31 de outubro, vai contratar uma grande linha de transmissão do Maranhão até Goiás, com 4.471 quilômetros e 9.840 MW em capacidade de conversão nas subestações. O de 2024 ainda não tem data definida.
Segundo cálculos do governo, o plano tem potencial para viabilizar a instalação de 30 GW de energia renovável e destravar mais de R$ 120 bilhões em investimentos privados. Além da região Nordeste, as obras do POTEE 2023 serão executadas no Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande Do Sul, São Paulo e Tocantins. Mas a maior parte, por conta da demanda elevada apontada por estudos da EPE - Empresa de Pesquisa Energética, se destinará ao Nordeste.
Na apresentação do plano de outorgas para os governadores, o secretário de transição energética e planejamento do MME, Thiago Barral, destacou a capacidade de escoamento da energia renovável do Nordeste para outras regiões do País. Nesse caso, além das obras que cobrirão todo o Nordeste incluídas no primeiro leilão, Barral destacou a contratação da grande linha que deve ser contratada no segundo certame, no dia 31 de outubro, ligando Maranhão até Goiás.
“Vai ser a execução do primeiro bipolo em corrente contínua da região Nordeste, que ligará a Subestação de Graça Aranha, no Maranhão, a de Silvânia, em Goiás, escoando até 5 GW de energia por meio de uma linha de transmissão de 800 quilovolts”, disse Barral no evento que contou com a presença do ministro do MME, Alexandre Silveira.
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