A Faro Energy, que atua no desenvolvimento, investimento e gestão de ativos de energia renovável, finalizou o que classifica como a maior operação de financiamento para projetos de geração distribuída já lançada para o mercado de capitais no Brasil, com a captação de R$ 320 milhões. “Foi também a primeira vez que a Fitch Ratings avaliou uma transação envolvendo projetos de geração distribuída, com a atribuição de rating AAA na escala nacional”, disse a empresa em comunicado.

A transação foi estruturada por meio de um certificado de recebíveis imobiliários (CRI) emitido pela Opea Securitizadora, lastreado em créditos imobiliários devidos por um dos veículos de investimento da Faro Energy. Os recursos serão investidos em 71 projetos distribuídos em 14 estados nas cinco regiões do Brasil, entre eles São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

Sob a coordenação do BTG Pactual e Santander Brasil, a operação atraiu considerável interesse do mercado, informa a empresa, registrando demanda quase duas vezes superior à oferta inicial, o que possibilitou ainda a compressão da taxa inicialmente prevista. Renan Carvalho, gerente de investimentos da Faro Energy, comentou que o interesse da Fitch Ratings em desenvolver uma metodologia específica para operações de geração distribuída foi fundamental para o sucesso da emissão. E ainda que “a atribuição do mais alto rating em escala nacional demonstra a solidez e segurança financeira dos projetos de geração distribuída para novos investidores, e abre as portas para que o setor cresça ainda mais’’.

Pedro Mateus, CEO da Faro Energy, lembrou que a Faro Energy foi a primeira empresa a emitir um título verde para Solar GD no Brasil, em 2018, emitiu o primeiro título de dívida sustentável da América do Sul, em 2020, e agora detém a primeira emissão triplo A para solar GD no Brasil. A Faro Energy planeja expandir seu portfólio para mais quatro estados até o final de 2024, alcançando capacidade operacional total de 230 MW e um investimento total superior a R$ 1 bilhão.

A empresa desenvolveu uma plataforma tecnológica própria para gestão de seus ativos, tendo controle absoluto de forma remota de todas as suas usinas. O monitoramento em tempo real independe dos equipamentos instalados e reduz a necessidade de intervenção humana, permitindo a escalabilidade do portfólio da empresa e a entrega da energia esperada aos clientes.



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